<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2017/03/21/582336/20170321083925801881o.jpg" alt="Chuck Berry influenciou músicos de todo o mundo, de Jimi Hendrix aos Beatles" /> </div><div style="text-align: justify">Mesmo que nunca tenha tocado exatamente um simples riff de Chuck Berry, qualquer guitarrista que explore a linguagem do blues e do rock bebeu da fonte do genial músico americano, morto no último sábado. Poucos influenciaram tanto o modo de se tocar e desenvolveram um gênero musical como Berry, que para muitos inventou o rock and roll.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O som dos dedos de Berry numa Gibson semiacústica e as notas dobradas e ritmadas de canções como Johnny B. good mudaram o jeito de se fazer música e de se tocar guitarra. Beatles, Rolling Stones, Elvis Presley, todos eles eram discípulos de Chuck e regravaram músicas suas em algum momento.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Se ainda restar alguma dúvida de como Berry revolucionou o instrumento e a música, basta lembrar que ninguém menos que Jimi Hendrix, um dos maiores guitarristas de todos os tempos, nunca negou que foi Chuck quem o fez tocar guitarra. ;Eu tinha uns 14 ou 15 anos quando comecei a tocar violão, tocava no quintal de casa, e os garotos se juntavam em volta e elogiavam. Depois me cansei do instrumento e o deixei de lado. Mas ouvir Chuck Berry fez renascer meu interesse;, disse em uma entrevista.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A pegada de Chuck Berry atravessou fronteiras e influenciou músicos de todos os cantos. Em Brasília, não foi diferente. Alguns dos principais guitarristas de rock e de blues da cidade também não poupam elogios ao mestre norte-americano e reconhecem nele o precursor de tudo o que aconteceu no mundo da guitarra e do rock depois.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">;Chuck é a síntese do rock and roll, nasceu negro no sul dos Estados Unidos racista. Enfrentou adversidades e se tornou o maior ídolo da juventude nos anos 1960. Típico fora da lei, gostava de guitarras, automóveis, jogos, bebidas e se metia em enrascadas. Teve uma história linda;, comenta o guitarrista Dillo Daraújo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">De fato, a trajetória de Berry foi marcada por situações controversas, pela personalidade forte e explosiva. Um dos maiores fãs de Berry, Keith Richards (guitarrista do Stones) conviveu bastante com a agressividade de Chuck e inclusive revelou ofensas e agressões do ídolo, algumas delas presentes no documentário Chuck Berry ; O mito do rock. ;Nesse filme, produzido por Keith Richards, eles também gravam um show esplendoroso no teatro que Berry era proibido de frequentar;, destaca Dillo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Para o instrumento, o artista brasiliense garante que Chuck Berry foi um divisor. ;Difícil sintetizar a importância desse sujeito numa frase. É melhor ouvir o riff de guitarra de Johnny B. good e entender onde se separam os homens dos meninos;, conclui.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O blueseiro Haroldinho Mattos lamenta a morte do americano pela grandiosidade e a importância monumental do músico, mas ressalta que o roqueiro deixou um legado gigantesco. ;Chuck Berry é mais um dos grandes que se vai dessa leva de músicos fundamentais. Era um cara de uma presença de palco impressionante, com riffs fantásticos, um dos pilares do rock and roll. O importante é que teve uma vida longa e recheada de muita música;, comenta.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Haroldinho Mattos também defende que Chuck foi um dos artistas que mais representaram de fato o que era o rock. ;Eu fico apenas agradecido pelas coisas que ele deixou, pelo brilho musical, foi fantástico tudo o que ele fez, ele é uma das expressões mais importantes daquilo que significa a explosão do rock;, observa.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify"><h3><strong>O inventor Chuck Berry<br /></strong></h3></div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Para o guitarrista Daniel Costa (da Geriatric Blues Band), Chuck Berry, de fato, foi um dos grandes responsáveis pela gênese do rock. ;Sem Chuck Berry não existiria rock;n;roll. Ele inventou a guitarra do rock. Ele moldou o estilo. Definiu a postura no palco. Foi inovador ao acelerar o jeito de tocar blues, e ao fazer isso, inventou a base para o que veio depois;, analisa.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O fascínio causado pela guitarra e a popularidade do instrumento, para Daniel, são consequências do estilo de Berry. ;Todo e qualquer guitarrista que se preze tem que entender que sem Chuck Berry talvez a guitarra não teria o poder que tem até hoje sobre as pessoas;, sustenta.</div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">Para Kiko Peres, guitarrista da banda brasiliense Natiruts, Chuck Berry, além de pioneiro, foi a própria encarnação do rock. "Elvis pode ter popularizado o estilo e levado o título de rei, mas foi Chuck que pavimentou o caminho para ele e, também, para o deus da guitarra Jimi Hendrix e todos os ícones do instrumento que surgiram depois;, destaca. </div>