<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2017/02/20/575077/20170220092807440028a.jpg" alt="Compositor, músico e comentarista de carnaval Pretinho da Serrinha." /> </div><div style="text-align: justify">O carnaval é um período de extrema importância na vida do músico e compositor Pretinho da Serrinha. A folia faz parte da vida do compositor, que, durante 10 anos foi diretor de bateria da escola carioca Império Serrano e atualmente é um dos comentaristas do carnaval do Rio de Janeiro na transmissão da Rede Globo. ;Faço comentários há quatro anos. No início, eu comentava as quatro noites (os desfiles do grupo de Acesso e do Especial do carnaval do Rio de Janeiro), mas esse ano vou ficar por conta apenas do Grupo Especial, no domingo e na segunda;, conta.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Antes de comentar a passagem das escolas pelo Sambódromo, Pretinho da Serrinha se prepara fazendo uma pesquisa sobre os sambas-enredos e o que cada agremiação preparou para apresentar no desfile. Ele visita os barracões, vê as fantasias e alegorias, encontra com os carnavalescos e acompanha os ensaios das baterias. ;Quando você visita o barracão dá para ter uma ideia de quem é o favorito ao título. Mas tem que esperar o desfile. Na hora, tudo muda;, garante.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Pretinho diz que há escolas que passam boa parte do período pré-carnavalesco como favoritas, mas no dia do desfile acabam não conquistando o público. Ele lembra um caso do Salgueiro, que, em 2014, fez um samba-enredo sobre orixás e despontou como favorita ao título. Naquele ano, a escola perdeu para a Unidos da Tijuca, que prestou uma homenagem ao piloto Ayrton Senna.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Sobre o desfile deste ano, Pretinho da Serrinha afirma que é difícil apontar um favorito. ;Depois que colocaram as notas fracionadas, isso de favoritismo mudou. Ninguém pode errar nada;, analisa. Mas, baseado em sua pesquisa, ele percebe uma boa safra de sambas-enredos. ;Esse ano estamos com uma média boa de sambas-enredos. Metade da escola é o samba. O resto é consequência;, completa. Ele destacou os sambas da Beija-Flor de Nilópolis (<em>A virgem dos lábios de mel ; Iracema</em>), União da Ilha (<em>Nzara Ndembu ; Glória ao senhor tempo</em>), Imperatriz Leopoldinense (<em>Xingu ; O clamor que vem da floresta</em>), Mocidade Independente de Padre Miguel (<em>As mil e uma noites de uma Mocidade pra lá de Marrakech</em>) e Vila Isabel (<em>O som da cor</em>).</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Apesar de o samba-enredo ser considerado metade do caminho para uma escola de samba, Pretinho da Serrinha destaca outras alegorias importantes na vitória de uma agremiação. ;Mestre sala e porta-bandeira e comissão de frente contam muito. Mas também há fantasias e uma boa bateria, que podem fazer a diferença. A verdade é que carnaval é mistério;, garante. Ele lembra que no ano passado a Estação Primeira de Mangueira não era apontada como favorita. Mas foi apenas colocar o samba em homenagem a Maria Bethânia no Sambódromo para garantir o título. ;Ninguém esperava. Mas Bethânia trouxe uma energia que contagiou todo o desfile;, salienta.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><h2 style="text-align: justify"><strong>Carreira</strong></h2><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Além de atuar como comentarista de carnaval, Pretinho da Serrinha mantém a carreira artística a todo vapor. Em 2 de fevereiro, ele lançou o primeiro single do novo trabalho, a música<em> Reza pra agradecer</em>, uma composição dele em parceria com Nego Álvaro e Vinicius Feijão. A canção fala de positividade e tem um cunho bastante pessoal. ;Eu estava olhando o mar durante um show na Ilha de Caras e pensei nessa música. No início, pensei em só gravar e colocar na internet. Depois, comecei a gostar, fiz o clipe e pensei em colocá-la no álbum;, explica. A música deve compor o mais novo material do artista, que deve ser finalizado em março, logo após o carnaval.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Outra novidade é que Pretinho da Serrinha fará parte do filme sobre Pixinguinha que será lançado nos cinemas. O papel principal ficou com o cantor Seu Jorge e a direção da produção é de Denise Saraceni. Pretinho da Serrinha interpretará China, irmão de Pixinguinha, que fez parte do grupo Choro Carioca ao lado do irmão.</div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">[VIDEO1] </div><div style="text-align: justify"> </div><h2 style="text-align: justify"><strong>Setenta anos de samba </strong></h2><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">Atualmente, no Grupo de Acesso do carnaval carioca, a escola de samba Império Serrano completa em março deste ano 70 anos da criação no Rio de Janeiro. A agremiação surgiu logo após um levante dos sambistas do Morro da Serrinha contra o autoritarismo do presidente da escola local, o Prazer da Serrinha, na casa de D. Eulália do Nascimento.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em comemoração aos 70 anos da agremiação, o livro <em>Serra, Serrinha, Serrano: O império do samba,</em> de Rachel Valença & Suetônio Valença, publicado originalmente em 1981, ganhou uma segunda edição. A versão foi ampliada e revista. Assim, de 129 páginas, passou a ter 433, ganhando novos depoimentos e informações apuradas por Rachel, que tocou na bateria da escola e foi vice-presidente em dois mandatos nesses últimos anos, em parceria com Suetônio, que morreu no ano passado antes da chegada do livro às livrarias.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><em>Serra, Serrinha, Serrano</em> apresenta personagens importantes na história da agremiação, como a própria Eulália, o pai de santo Elói Antero Dias (responsável pelos primeiros instrumentos da bateria da agremiação) e os sambistas Ivone Lara, Wilson das Neves e Arlindo Cruz, que se envolveram na concepção de vários dos sambas-enredos da escola carioca.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Está no livro, por exemplo, a primeira vitória da escola após a publicação da versão original: o carnaval de 1982, vencido ao som do samba-enredo <em>Bum bum paticumbum prugurundum</em>. Esse foi o último título do Império Serrano no Grupo Especial do carnaval carioca. Desde então, a escola só venceu no Grupo de Acesso nos anos de 1998, 2000 e 2008. (AI)</div><div style="text-align: justify"><br /></div><h3><em><strong>Serra, Serrinha, Serrano: O império do samba</strong></em></h3><div style="text-align: justify">De Rachel Valença & Suetônio Valença. Editora Record, 434 páginas. Preço médio: R$ 69,90.</div><div style="text-align: justify"> </div><h2 style="text-align: justify"><strong>Acompanhe o desfile das escolas do Rio de Janeiro</strong></h2><div style="text-align: justify"><br /></div><h3 style="text-align: justify"><strong>Domingo, 26 de fevereiro</strong></h3><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Paraíso do Tuiuti</div><div style="text-align: justify">Grande Rio</div><div style="text-align: justify">Imperatriz</div><div style="text-align: justify">Vila Isabel</div><div style="text-align: justify">Salgueiro</div><div style="text-align: justify">Beija-Flor</div><div style="text-align: justify"><br /></div><h3 style="text-align: justify"><strong>Segunda-feira, 27 de fevereiro</strong></h3><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">União da Ilha</div><div style="text-align: justify">São Clemente</div><div style="text-align: justify">Mocidade</div><div style="text-align: justify">Unidos da Tijuca</div><div style="text-align: justify">Portela</div><div style="text-align: justify">Mangueira</div><div style="text-align: justify"><br /></div>