A drag queen Pabllo Vittar conseguiu neste ano um feito para poucos: a cantora lançou um disco com uma parceria musical com um dos DJs mais renomados do mundo, o norte-americano Diplo. Antes dela, nomes como Deize Tigrona e Bonde do Rolê foram os poucos artistas brasileiros a terem um trabalho em conjunto com o produtor, parceiro de astros internacionais como Major Lazer, M.I.A, Justin Bieber, Madonna e Beyoncé.
"Esse foi outro sonho realizado da minha carreira. Sou muito fã do Diplo e de todos os projetos dele. Ele destrói. Quando consegui um contato com ele para fazermos uma música, pensei: ;estou realizando um sonho;;, lembra Vittar ao Correio. A parceria entre os artistas gerou a música Então vai, feita por Diplo, que integra o primeiro álbum de Vittar, Vai passar mal (2017). O DJ mandou uma versão para a artista e a partir daí foi feita uma letra em português, com uma temática positiva falando de autoestima e superação, tema recorrente na carreira de Pabllo Vittar e também no CD.
Diplo não é o único convidado de Vittar no disco de estreia. A cantora contou com a presença de Rico Dalasam, com quem divide os vocais em Todo dia; Mateus Carrilho, vocalista da Banda Uó, que está na faixa Corpo sensual; além da presença de Lia Clark, Laura Taylor e Rodrigo Gorky, que estão na música Ele é o tal.
"Logo que pensei no disco, fui imaginando as parcerias. Rico Dalasam era alguém com quem eu queria gravar. A voz dele é maravilhosa e nosso timbre tem tudo a ver;, conta.
Todo dia, inclusive, é a próxima música que será trabalhada do disco Vai passar mal. Com letra de Rico Dalasam, Vittar acredita que pode ser uma aposta para hit do verão. O motivo é a batida de funk e a letra: ;Eu não espero o carnaval pra ser vadia, sou todo dia, sou todo dia;. Todo dia será sucessor de Nêga, que foi o primeiro single do álbum.
Sonoridade brasileira
Vai passar mal foi produzido pelo duo Brabo, dupla formada por Rodrigo Gorky e Maffalda e teve mixagem e masterização no The Castle Studios, em Los Angeles. O primeiro disco de Vittar tem como característica unir referências internacionais com a sonoridade brasileira. "Passei um ano nesse trabalho. Trabalhamos bastante para entregar uma coisa que fosse a minha cara e que tivesse uma sonoridade com brasilidade", comenta. A identidade visual do álbum também foi trabalhada para representar a cantora. Ela foi criada por Marlon Brambilla pensando no lado performer de Vittar. As fotos foram feitas em uma fábrica desativada de manequins.
Vittar chegou ao sucesso em 2015, com o lançamento do clipe Open bar, uma versão dos DJs Gorky, Omulu, Strausz e Maffalda para a faixa Lean on, do Major Lazer & DJ Snake. O vídeo teve mais de quatro milhões de visualizações e deu nome para o primeiro EP da carreira. A boa repercussão garantiu a estreia de Pabllo no ano passado na banda oficial do programa Amor & sexo, da Rede Globo.
Vai passar mal
De Pabllo Vittar. Pabllo Vittar, 10 faixas. Disponível nas plataformas digitais.