Há mais de 120 anos, os irmãos Lumiére revolucionaram a cultura com a invenção do cinema. De lá para cá as projeções cinematográficas se aperfeiçoaram e a experiência de assistir a um filme ficou ainda mais lúdica. São várias as opções em Brasília nas quais as produções são projetadas fora do escurinho do cinema, como em trailers, bares ou ao ar livre.
O Menor Cinema do Mundo proporciona uma experiência única para os amantes da sétima arte. O espaço intimista criado por Vinicius Jabur, Daniel Menenguelli, Fred Assumpção e Daniel Banda funciona como um cine truck. Ou seja, a projeção acontece dentro de um trailer, com lotação máxima de duas pessoas. Para complementar o cinema em miniatura a pipoca e o refrigerante ganha versões pequenas também. ;Temos um sentimento de gigantismo ao entrar numa pequena sala de cinema;, admite o videomaker da equipe, Menenguelli.
Inspirado nos antigos cinemas europeus, a sala conta com elementos visuais inspirados no estilo art déco. O cenógrafo e diretor de arte do projeto Daniel Banda conta que a proposta foi recriar um cinema de rua do século passado. ;O piso em carpete, a parede em veludo, as arandelas em metal trabalhado, as cadeiras de cinema em madeira original ; fizemos questão de reproduzir tudo o que está no inconsciente popular quando falamos de cinema;, garante Daniel.
Primeira vez
A estreia do Menor Cinema do Mundo foi semana passada no 5; Curta Brasília, festival de curtas-metragens que é realizado anualmente no Cine Brasília. Durante os quatro dias do evento, o trailer ofereceu sessões gratuitas de filmes que foram exibidos na edição anterior do festival. As obras em cartaz eram Bravura, de Leonardo Minozzo; Grafiti Dança, de Rodrigo Eba; Milonguita de Dos, de Julieta Zarza e Carlos Lascano; e Linear, de Amir Admoni. ;Todos adoram! Tiveram pessoas que voltaram quatro vezes para poder assistir aos quatro filmes que estavam em cartaz;, lembra Banda.Fora do circuito
Meneguelli conta que o espaço é feito para exibir filmes curtíssimos que não fazem parte do circuito comercial. ;Esse clima explora o ambiente de experimentação de novas linguagens e técnicas inerentes do processo de produção de curtas-metragens;, acredita.Para ele, o objetivo é levar a experiência para a estrada e participar de outros festivais de cinema e cultura no país: ;Somos um incentivo à cultura alternativa, fora dos shoppings e do modus operandi padronizado. As pessoas que vivem essa experiência descobrem uma versão divertida, inteligente e única de assistir à sétima arte;.
Sob o céu estrelado
Brasília tem outros espaços que oferecem uma experiência de cinema diferente. O Cine Drive-in, localizado na Área Especial do Autódromo, proporciona aos cinéfilos uma grande tela de cinema ao ar livre.
Em funcionamento desde 1973, o espaço é o último cine drive-in da América Latina. Como nos antigos filmes americanos, o público pode assistir aos últimos lançamentos do circuito comercial sob céu estrelado e dentro do carro. O espaço tem a maior tela de projeção do país e comporta cerca de 500 veículos. Para ouvir, basta sincronizar o áudio da produção com o som do carro. O local inspirou a produção cinematográfica, dirigida pelo brasiliense Iberê Carvalho e vencedora do Prêmio Netflix, O último cine drive-in.
Outra opção de cinema a céu aberto é o evento esporádico Vivo Open Air. Considerado o maior festival de cinema ao ar livre do mundo, o evento oferece, além dos filmes, atrações musicais e gastronômicas. A terceira edição na capital foi realizada em abril deste ano no Pontão do Lago Sul.
Para quem não gosta de decidir entre cinema ou balada, o Cineme-se: filmes e música resolve o impasse. A festa alternativa mistura balada com cineclube há três anos, quinzenalmente, às terças -feiras, no Club 904. O mote é valorizar produções brasilienses com a exibição de curtas locais. Nos intervalos, DJS da cidade comandam a pista de dança com músicas de todos os estilos.
[SAIBAMAIS]Vale tudo para suprir a necessidade de arte do ser humano. A partir dessa ideia, um grupo de jovens do Gama criou o Pólvora de Galeria, no Gama. Em uma realidade sem cinema, o espaço propicia uma experiência cinematográfica a céu aberto no varandão da quadra 25.
;Nós não temos muito recurso, então a gente faz com o que a gente pode. Estamos desde setembro realizando sessões de cinema no espaço;, conta uma das organizadoras do local, Luana Raissa. Além das mostras de filmes, o Pólvora recebe shows e exposições.
Primeira vez
A estreia do Menor Cinema do Mundo foi semana passada no 5; Curta Brasília, festival de curtas-metragens que é realizado anualmente no Cine Brasília. Durante os quatro dias do evento, o trailer ofereceu sessões gratuitas de filmes que foram exibidos na edição anterior do festival. As obras em cartaz eram Bravura, de Leonardo Minozzo; Grafiti Dança, de Rodrigo Eba; Milonguita de Dos, de Julieta Zarza e Carlos Lascano; e Linear, de Amir Admoni. ;Todos adoram! Tiveram pessoas que voltaram quatro vezes para poder assistir aos quatro filmes que estavam em cartaz;, lembra Banda.Fora do circuito
Meneguelli conta que o espaço é feito para exibir filmes curtíssimos que não fazem parte do circuito comercial. ;Esse clima explora o ambiente de experimentação de novas linguagens e técnicas inerentes do processo de produção de curtas-metragens;, acredita.Para ele, o objetivo é levar a experiência para a estrada e participar de outros festivais de cinema e cultura no país: ;Somos um incentivo à cultura alternativa, fora dos shoppings e do modus operandi padronizado. As pessoas que vivem essa experiência descobrem uma versão divertida, inteligente e única de assistir à sétima arte;.
Sob o céu estrelado
Brasília tem outros espaços que oferecem uma experiência de cinema diferente. O Cine Drive-in, localizado na Área Especial do Autódromo, proporciona aos cinéfilos uma grande tela de cinema ao ar livre.
Em funcionamento desde 1973, o espaço é o último cine drive-in da América Latina. Como nos antigos filmes americanos, o público pode assistir aos últimos lançamentos do circuito comercial sob céu estrelado e dentro do carro. O espaço tem a maior tela de projeção do país e comporta cerca de 500 veículos. Para ouvir, basta sincronizar o áudio da produção com o som do carro. O local inspirou a produção cinematográfica, dirigida pelo brasiliense Iberê Carvalho e vencedora do Prêmio Netflix, O último cine drive-in.
Outra opção de cinema a céu aberto é o evento esporádico Vivo Open Air. Considerado o maior festival de cinema ao ar livre do mundo, o evento oferece, além dos filmes, atrações musicais e gastronômicas. A terceira edição na capital foi realizada em abril deste ano no Pontão do Lago Sul.
Para quem não gosta de decidir entre cinema ou balada, o Cineme-se: filmes e música resolve o impasse. A festa alternativa mistura balada com cineclube há três anos, quinzenalmente, às terças -feiras, no Club 904. O mote é valorizar produções brasilienses com a exibição de curtas locais. Nos intervalos, DJS da cidade comandam a pista de dança com músicas de todos os estilos.
Vale tudo para suprir a necessidade de arte do ser humano. A partir dessa ideia, um grupo de jovens do Gama criou o Pólvora de Galeria, no Gama. Em uma realidade sem cinema, o espaço propicia uma experiência cinematográfica a céu aberto no varandão da quadra 25.
;Nós não temos muito recurso, então a gente faz com o que a gente pode. Estamos desde setembro realizando sessões de cinema no espaço;, conta uma das organizadoras do local, Luana Raissa. Além das mostras de filmes, o Pólvora recebe shows e exposições.
Serviço
Cineme-se
Club 904 (904 Sul)
Quinzenalmente, às terças-feiras, às 20h. Entrada franca. Não recomendado para menores de 18 anos.
O Menor Cinema do Mundo
Confira a programação em @omenorcinemadomundo no facebook. Entrada franca.
Pólvora Galeria
Confira a programação em @polvora.galeria no Facebook.
Conheça os filmes
Bravura
O curta é uma animação 3D produzida no Cafundó Estúdio Criativo. O roteiro conta a história de Paco Bravo, descendente de uma linhagem nobre de toureiros que precisa mostrar bravura e habilidade em uma arena no México. Bravura venceu o Prêmio Brazucah no 4; Curta Brasília.
Grafiti Dança
A produção mistura animação com realidade para mostrar personagens de grafiti dançando bolero. No filme, as paredes de São Paulo ganham vida durante a noite. Grafiti Dança foi o ganhador dos prêmios melhor animação pelo júri popular no Anima Mundi em 2013; melhor som no Curta Santos em 2013; e melhor trilha sonora no Festival de Cinema e Vídeo de Santa Rosa em 2013.
Milonguita de Dos
O curta criado por Julieta Zarza e Carlos Lascano é uma divertida dança de tango. A apresentação é realizada pelos dedos da atriz. O filme foi selecionado para o Festival Internacional de Filmes Curtíssimos de Brasília, para a Mostra do Filme Livre e recebeu a menção honrosa no XV Festival 5 minutos de Salvador.
Linear
Segundo a sinopse, ;a linha é um ponto que saiu caminhando;. A obra inspirada no dia a dia corrido e agitado das grandes cidade narra o cotidiano de um ser que pinta as faixas de trânsito na cidade. Linear participou do Festival Internacional de Curtas de São Paulo.
* Estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader, subeditor de cultura.