Hans Tramm era um jardineiro fiel. Por isso Brasília está triste. Muito triste.
Brasília e a cultura brasileira perderam, nesse sábado, seu grande sonhador e agitador. Hans Tramm era grande e criativo. Guerreiro e memorialista. Magnânimo e solidário. Uma siderúrgica de ideias e sonhos.
Mesmo com saúde debilitada, Hans vinha lutando muito por quatro projetos preciosos para Brasília:
1 - Restauro completo para o Espaço Renato Russo, na 508 Sul.
2 - Recuperação, preservação e valorização do Teatro Dulcina de Moraes e da Faculdade Dulcina, no Conic.
3 - O Memorial e estátua do Renato Russo.
4 - Estátua do Ariano Suassuna deitado no chão do aeroporto.
Quando da morte recente de seu irmão Wagner, indianista que coordenava todas as terras do Parque Nacional do Xingu, planejávamos até nos encontrar para fazer alguma homenagem a ele. Mas a doença do Hans não permitiu.
- ;Querido amigo Silvestre tudo de bom pra você. Sua ação na Secult foi límpida, criativa e honesta. Fico feliz de você estar lutando com a gente. Aguardo a sua visita. Não vamos esquecer o Wagner.
- Acabo de falar com Carminha Manfredini sua amiga. E mãe do meu grande amigo Júnior O Provençal da Superquadra Renato Russo. Vou lhe enviar a estátua que a Ilha do Governador, no Rio, fez para o Renato Russo. Vamos fazer em Brasília também. Vou começar a escrever o projeto e você arruma o dinheiro para a obra.
- Meu plano agora é ter dois projetos de estátuas para Brasília. A primeira é colocar no ;Espaço Cultural Renato Russo; uma estátua do Renato sentado na escada. A segunda é colocar uma estátua do Ariano Suassuna dormindo no chão do aeroporto de Brasília;.
Hans Tramm, você não foi. Continua aqui a nos dar força e incentivo para não deixar morrer os seus sonhos. Por favor, nos mande aí de cima todas as energias positivas para plantar jardins e utopias em Brasília.
Obrigado, Hans Tramm!