Com a legitimidade dos futuros concorrentes posta na berlinda, a vaga dos pré-selecionados ao Oscar (na batida do martelo pela representação brasileira) ; segue incerta. Depois do anúncio da retirada da candidatura de Boi Neon (de Gabriel Mascaro), foi a vez da integrante da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas Anna Muylarte abrir espaço para a corrida de Aquarius pela vaga. Diretora de Mãe só há uma, Muylaerte
endossou a candidatura do longa de Kleber Mendonça Filho.
Há quem veja uma barreira para Aquarius, prestigiado com exibição em Cannes, pelo objetivo desentendimento entre o diretor do filme e um dos membros da Comissão Especial de Seleção ao Prêmio de Melhor Filme de Língua Estrangeira, com vistas à 89; cerimônia do Oscar, o crítico Marcos Petruccelli. O perrengue já afastou ao menos um nome, entre os integrantes da seleção: o produtor e realizador mineiro Guilherme Fiúza Zenha.
A "imparcialidade questionável", detectada por Kleber Mendoça nos trabalhos, tem causado burburinho entre os responsáveis pela seleção do título nacional. Ainda assim, Aquarius já foi negociado para 60 países e estará em festivais importantes como os de Toronto e Nova York. A causa da leva de desentendimentos, de fundo político, está na reprovação de alguns, em face às manifestações contra o impeachment de Dilma Rousseff no tapete vermelho de Cannes, quando Aquarius esteve bem cotado a prêmios.