Um dos gêneros que marcam a identidade cultural espanhola, o flamenco apresenta características particulares que ganharam admiradores em todo o mundo. A beleza e a presença flamenca em diferentes pontos do globo lançaram um desafio: o trabalho de musicistas em traduzir de maneira fiel a essência do flamenco.
Em 2007, a pianista Marília de Alexandria queria vivenciar a música por meio da dança. A escolha pelo gênero espanhol ocorreu com influência da colega e amiga Katia Almeida, que já praticava o flamenco. ;Sempre gostei de música latina. Eu queria fazer alguma dança e achava o flamenco uma dança forte, que musicalmente me chamava a atenção. Na primeira apresentação que fiz na escola, fui chamada para cantar algumas músicas;, ressalta Marília, que se dedica ao ritmo no Instituto Flamenco Raphael Cortés.
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Uma das características da escola é a apresentação de músicas ao vivo com o aporte de músicos profissionais, o que atraiu as musicistas ao trabalho em dupla dedicado ao flamenco. ;O que a gente sempre buscou foi fazer música ao vivo. Profissionalmente, o que encaixou perfeitamente entre eu e Kátia foi nosso perfeccionismo. Entramos com a erudição e estudamos bastante para conseguirmos adaptar partituras;, ressalta Marília, que, ao lado de Katia colocou em partituras cerca de 73 músicas, entre elas canções dos músicos Dorantes e Vicente Amigo.
O desafio de uma música que não faz parte da tradição brasileira teve a barreira cultural rompida graças às adaptações realizadas pela dupla. O modo de cantar flamenco está entre os principais desafios que podem ser amenizados com adaptações das partituras. ;A rítmica e a métrica são mais difíceis. Essa adaptação das partituras influencia diretamente o modo de cantar. A prosódia muda completamente;, afirma Katia Almeida.
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