Você já ouviu aquela música da Legião Urbana? Leu o livro sobre o Tim Maia? Colocou frutas na cabeça e se perguntou cantarolando “o que é que a baiana tem”? Não é porque você já fez alguma dessas coisas que, necessariamente, viveu na mesma época que esses artistas. Mas a cultura tem esse poder de eternizar os personagens da nossa história e fazer com que as futuras gerações também possam conhecê-los.
Seja com o relançamento de CD, seja uma novela, seja um filme e, hoje, principalmente com a ajuda da internet, que propicia o acesso a todos os produtos culturais gerados sobre pessoas com boas histórias.
O rei do cangaço
Virgulino Ferreira da Silva é um dos personagens mais conhecidos da história do país. Talvez não pelo nome verdadeiro, mas pelo apelido que mais bem-sucedido cangaceiro do país teve durante 20 anos: Lampião.
A influência e o sucesso no cangaço renderam a Lampião alguns filmes, geralmente com nomes parecidos e sempre enfatizando a ocupação dele. Um exemplo O cangaceiro, dirigido por Lima Barreto em 1953. Inspirado na história de Virgulino, ele mostra o capitão se apaixonando por uma professora cativa, o que suscita desacordos no bando.
Mais voltado para a comédia, O cangaceiro trapalhão foi feito em 1983 pelo grupo de comediantes brasileiros Os trapalhões, é também inspirarado na história dele.
No entanto, não é só nas telonas que o rei do cangaço conquistou espaço. A Rede Globo fez, em 1982, a minissérie Lampião e Maria Bonita, na qual contou os últimos meses de vida do casal. E ele não fica de fora da literatura também. Enquanto o livro Lampião - O rei dos cangaceiros, de Billy Jaynes Chandler, traz um recorte biográfico da atuação no cangaço, Vera Ferreira narra a transição De Virgulino a Lampião.