O brasiliense Guga Santana, mais conhecido atualmente como Guga Camafeu, está mais uma vez fazendo sucesso fora do quadradinho do Cerrado. No início da carreira, Guga rodou o país à frente do grupo baiano Patrulha do Samba. Agora, Guga tem se revezado semanalmente entre Brasília e Rio de Janeiro para participar do reality show musical Iluminados, do Domingão do Faustão, da Rede Globo. Após quatro domingos consecutivos no programa, Guga garantiu sua primeira vitória em uma etapa da atração, conquistando R$ 50 mil. Hoje, o candango volta ao palco do Domingão para participar da grande final, em que disputará o prêmio de R$ 150 mil com os músicos Chandy Dias, Aline Souza, Karielle Gontijo, Filipe Labre, Évila Queiroz e Angélica Sansone, vencedores das outras etapas. ;Estou muito feliz, estarei lá para celebrar, mas claro que vou lutar para ganhar. Porém, minha energia estará voltada para a celebração;, defende. No próximo dia 20, o artista lança o primeiro DVD da carreira, o álbum Joia rara, em show no Na Praia. Ao Correio, o cantor relembrou o começo no mundo da música, falou sobre a competição e adiantou os próximos projetos.
Como você começou no mundo da música?
Eu jogava futebol e, naquela época, já cantava, mas como hobby. Dentro do futebol há sempre jogadores com dons musicais, aquele que toca pandeiro, o outro que canta. É um ambiente onde todo mundo adora um samba. Com 13 anos, eu já jogava em Minas Gerais e ficava na concentração imitando alguns artistas. Isso foi se tornando algo comum na concentração em todos os times pelos quais passei. Profissionalizei-me no futebol aos 16 anos, mas tive uma contusão e voltei para Brasília. Nesse momento, encontrei alguns amigos que tinham uma banda de samba (Os Marotos) e comecei a cantar. As coisas foram acontecendo, eu não previ nada.
Você passou por várias bandas ao longo da carreira. Como foi sua trajetória até chegar ao Camafeu?
Eu comecei na banda Os Marotos. Depois, criei um projeto autoral (Os Gugas) e logo em seguida uma produtora de Salvador me chamou para ir para lá com o projeto do Patrulha do Samba. Eles estavam precisando de um novo cantor e eu entrei. Viajei o país todo com o grupo. Participei de vários programas de televisão. Depois de um tempo com a Patrulha do Samba, voltei para Brasília. Eu ainda estava muito novo, com 20 anos. Voltei por não ter algo maior por lá. Em Brasília, tive a oportunidade de entrar no Squema Seis e depois na Joy Band, que era outra banda em ascensão. À época, conheci vários cerimonialistas e decidi em 2011 montar meu próprio negócio, que foi o Camafeu. Era algo que já estava na minha cabeça e deu supercerto. Comecei a fazer formaturas, casamentos... E fui para o Empório Santo Antônio, onde rolou um reconhecimento do público da cidade. São cinco anos de projeto.
Quais são os estilos musicais que te inspiram?
Eu gosto muito de reggae e de música popular brasileira. É o que mais coloco no Camafeu, que é um projeto percussivo de música brasileira, que, no repertório, vai desde Ivete Sangalo ao Djavan.
Hoje você se dedica à carreira solo e ao Camafeu?
Na verdade, o Camafeu virou quase um sobrenome. É meio solo e meio banda. É uma coisa só. A minha banda é a minha família.
Como surgiu a oportunidade de participar do reality show Iluminados, do Domingão do Faustão?
Eu fiquei sabendo durante um casamento em que estavam fazendo audições do programa. Eu estava tocando e me disseram que ia ter uma audição dentro de um mês. Procurei me informar e passei na audição. Foram 30 mil inscritos e eu fui o único representante do programa de Brasília.
No Iluminados é necessário ter uma versatilidade como intérprete. Você acha que o fato de ter feito parte de bandas que tocavam em formaturas e casamentos te ajudou?
Ajudou demais. O baile e a minha experiência nas bandas Squema Seis e Joy me ajudaram muito. No programa a dificuldade é muito grande. Apesar de não estar familiarizado com o repertório que cantei no programa, consegui ficar esses quatro domingos e estar na final. Eram músicas completamente diferentes, não fiz nada do meu gênero durante o programa. Nem no melhor dos meus sonhos pensei que fosse ganhar uma etapa.
Como está sua expectativa para a participação nessa grande final do programa?
Estou muito feliz. Na verdade, estou celebrando este momento. Já me sinto um vencedor por ter conseguido ficar nesta final. Para algumas pessoas, durante o programa, a repescagem era uma derrota, mas o fato de ficar dava uma visibilidade muito grande por estar há quatro finais de semana na tevê. Isso foi maravilhoso. Tive um retorno do público e o carinho das pessoas da rua. A minha vida mudou completamente. Estou muito feliz, estarei lá para celebrar, mas claro que vou lutar para ganhar. Porém, minha energia estará voltada para a celebração.
Como tem sido a receptividade do público brasiliense após a participação no programa?
Agora está mais intenso ainda. É muito linda a energia que estão depositando neste momento da minha vida. É um combustível você ser enraizado na sua cidade. Ter o apoio de sua cidade natal é essencial para construir uma carreira. Ter esse amor é como um carimbo de aprovação. Estou conseguindo mostrar meu trabalho para todo o Brasil. As pessoas sabem qual é a dificuldade e Brasília me apoia. Eu amo meu Cerrado.
Quais são os seus projetos após o fim do programa?
Eu vou lançar meu DVD, Joia rara, em 20 de agosto, no Na Praia. O álbum tem o single Meu Camafeu (que teve clipe oficial lançado na última quinta-feira), uma música de composição do Felipe Duarte, que trabalhou com nomes como Thiaguinho e Rodriguinho. Eu gravei o DVD em 17 de maio e um tempo depois fui chamado para o programa Iluminados. Então as coisas especiais foram acontecendo ao mesmo tempo. Quero trabalhar esse DVD e fazer show pelo Brasil todo. Meu maior sonho sempre foi que as pessoas tivessem acesso ao meu trabalho. Amo o que faço e quero dividir esse amor com todo mundo.