Diversão e Arte

Alex Amaral é destaque em festival uruguaio com ensaio sobre violência

O fotógrafo entrou no segmento de fotografia documental na curadoria do evento

Ricardo Daehn
postado em 03/08/2016 07:30

O fotógrafo entrou no segmento de fotografia documental na curadoria do evento

Um peixe, liso e sem o cheiro dos temperos daquele posto em panela e devidamente cozido. A imagem, integrada a de uma mulher sem rosto, na concepção do fotógrafo carioca, Alex Amaral, causa a repulsa e o nojo necessários à exploração de simbolismo proposto em desafio ao ex-estudante de fotografia do Iesb. Aplicando uma estética de choque, ele redimensionou a representação de sentimentos de amigas que sofreram com a violência recorrente, no dia a dia brasileiro.

Aos 39 anos, o fotógrafo estabelecido na capital há 21 anos, pelas inquietações do ensaio Violação, conquistou os curadores do Tenemos que ver ; Festival Internacional de Cinema e Direitos Humanos. Alex Amaral brilhou, ao lado de outros quatro brasileiros, na quinta edição do evento que transcorreu em Montevidéu (Uruguai) e estendido para a área da fotografia.

;Entramos no que é chamado de fotografia documental contemporânea; tudo num segmento mais poético, mas que não deixa de ser informativo;, observa o fotógrafo. Para o profissional, que tomou por base o estímulo da multifacetada performer, Beth Moisés, o arejamento do circuito de fotógrafos tem se consolidado, trazendo benefícios. ;Há muita troca de informações, até mesmo com os fotógrafos mais antigos, mais dispostos à generosidade, sem guardar ou esconder o ouro;, comenta, ao falar desse intercâmbio de informações.

O fotógrafo entrou no segmento de fotografia documental na curadoria do evento
A troca de dados com fotógrafos e os relatos de amigas, aliás, foram vitais, no processo de execução de peças da mostra Violação apresentadas no Uruguai, na dimensão de 40cm x 60cm. ;Ouvi relatos que vinham desde abusos na infância, passando por estupros e ainda por assédios. Tentei mostrar sentimentos que elas têm: dores no peito, pela ideia de se sentir usada ou consumida;, explica o artista.

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