Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Alice Braga mostra talento em trabalhos distintos na televisão e no cinema

Principal atriz brasileira no cenário mundial, Alice Braga fala do atual momento da carreira, como as atuações em A rainha do Sul e Entre idas e vindas

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Seis meses de filmagem e, na prática, como conta Alice Braga, a estrela de A rainha do Sul, uma aula de como fazer seis filmes em meio ano. Sem tempo para turismo em Dallas, a atriz brasileira se empenhou em ;honrar; a personagem central do livro La reina del sur, uma contraventora desenvolvida na literatura de Arturo Pérez-Reverte. ;Um personagem não é tão somente o que ele faz. Aliás, a qualquer mudança no roteiro, eu respondia enfatizando a personalidade da personagem que li no livro. O livro, eu conservo até hoje e está totalmente marcado (para estudos). Posso até mandar uma foto para vocês;, diverte-se a atriz de sucessos como Eu sou a lenda e Cidade de Deus, numa conferência por telefone com repórteres brasileiros.

[SAIBAMAIS]Antes da leva de 13 episódios da série ; que exigiu do físico da atriz de 33 anos, pelas cenas de corrida e de ação ;, a estrela era sempre lembrada como sobrinha de Sônia Braga. Para a série exibida pelo canal Space, um dos desafios foi descolar a imagem da protagonista de Kate del Castillo, atriz mexicana que, no canal Telemundo, cravou recordes de audiência.

Enquanto A rainha do Sul acolhe trama envolvendo México e Estados Unidos, local de fortalecimento da foragida de cartel coroada chefona das drogas; outro projeto (Entre idas e vindas), assinado pelo brasiliense José Eduardo Belmonte, demandou pequenas viagens, num filme gravado em 14 dias. Uma vivência feliz e apego de amizades com atores como Ingrid Guimarães e Fábio Assunção foram algumas das conquistas com o longa em exibição nos cinemas. Confira abaixo o astral de Alice Braga, em bela fase de conquistas. Tudo em currículo que acumula filmes como Predadores (2010), Na estrada (2012) e Elysium (2013).

Entrevista Alice Braga
Pablo Escobar, representado em Narcos, o popular Walter White (de Breaking bad) e agora A rainha do Sul... Qual a razão do interesse por personagens ligados às drogas? A série de vocês também é cinematográfica?

Acho que eles têm muita distância da realidade de todo mundo. O fascínio e a curiosidade vêm disso. São histórias que geram entretenimento. E há infinitas abordagens para serem feitas, como acompanhar o andamento dramático ou seguir uma trilha de ação. Quanto à linguagem cinematográfica, é algo inevitável. As antigas séries americanas de tevê eram muito diferentes das de hoje. Os atores migraram do cinema para a tevê. Isso acontece na Globo e nas novelas brasileiras também. São dois universos do audiovisual que viraram um só.

A fluência no inglês lhe dá extrema segurança nas atuações?

Falar em inglês, e atuar na língua, é bem difícil. Até me acostumei mais, por atuar no exterior há muitos anos. É quase uma malhação, porque o movimento da boca é muito difícil. É preciso se adequar à musicalidade e à linguagem empregada. Estudo bastante as falas, o texto, e até consigo improvisar um pouco. Cuido muito da pronúncia e da dicção, porque você não pode repetir, o público não pode dizer: ;Não entendi; por favor, fale de novo; (risos). Eu me divirto: é quase uma matemática. É um desafio grande, do qual gosto muito.


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