[FOTO2]Procurar e capturar Pokémons foi sonho de infância de muitas crianças e adolescentes dos
anos 1990. As fofas criaturas japoneses conquistaram uma legião de fãs primeiro com um jogo para
o videogame portátil Game Boy. Depois, ainda na década de 1990, conquistaram telas da televisão
e do cinema. Passados 20 anos, a febre voltou e o sonho dos já nem tão jovens fãs da franquia se
tornou real com Pokémon GO, um jogo de realidade aumentada que permite capturar os bichinhos no
mundo fora das telas e arrebatou milhões de usuários (mesmo que o lançamento oficial tenha
ocorrido em poucos países, como EUA e Austrália).
A ideia do game é simples. Como no desenho animado, o objetivo é capturar Pokémons, que depois podem ser usados em batalhas contra outros fãs. Para isso, o jogo Pokémon GO utiliza o sistema de GPS dos smartphones e faz um mapa real de cidades. Os bichinhos estão por aí e o usuário precisa passar fisicamente pelos lugares para capturá-los.
A paixão por Pokémon e a atração da realidade aumentada (que coloca objetos virtuais no mundo real ; ainda que na tela do celular) fizeram o game superar o número de usuários do Tinder e e o tempo médio de uso do WhatsApp nos Estados Unidos. Nos dois primeiros dias após o lançamento, o aplicativo rendeu US$ 14 milhões à Nintendo.
Os números se tornam ainda mais surpreendentes quando se fala das ações dessa empresa de jogos virtuais, uma das companhias detentoras do game. Com o lançamento de Pokémon GO, as ações da empresa tiveram um crescimento de cerca de US$ 9 bilhões.
Se os números são animadores para desenvolvedores, os problemas gerados pelo app podem causar ainda muita dor de cabeça. Sem esperar tanto público (muitos de países em que o app oficialmente não foi lançado), os servidores apresentaram diversas falhas e o funcionamento do jogo não é perfeito em muitos lugares.
No Brasil, usuários conseguiram jogar durante algum tempo, mas, segundo os relatos da maioria dos jogadores do país, a euforia durou pouco e o app parou de funcionar. Os desenvolvedores ainda não divulgaram a data de lançamento oficial em terras brasileiras, mas adiantaram que a previsão inicial (para o fim do mês) foi adiada depois da estrondosa repercussão.
Um dos problemas é que eles realmente podem estar em qualquer lugar. Em delegacia de polícia, na cozinha de um fast-food, em um cemitério ou no Museu do Holocausto ; como ocorreu em Washington (o Museu pediu, assim como o de Auschwitz, para que fosse retirado do game); todos eles lugares inusitados e impróprios em que as tais criaturas já apareceram.
Desatentos e sem limites, alguns usuários mostraram que, se a missão é capturar os bichos, qualquer obstáculo será pequeno. Por conta da distração causada pela busca, muitos acidentes foram relatados por jogadores, já que é difícil se concentrar com os arredores quando se olha fixamente para o celular.
Na Austrália, uma delegacia de polícia passou a ser muito mais frequentada que o comum. A razão? Os Pokémons que estavam colocados ali. Nos EUA, grupos de assaltantes aproveitaram o itinerário da procura das pequenas criaturas e a distração para fazer algumas vítimas.
O risco da dependência
A frenética busca por Pokémons por meio da tecnologia e os inúmeros acidentes e situações embaraçosas causadas por ela podem ser sintomas da dependência tecnológica dos dias atuais. ;Muitas vezes, o uso desmedido da tecnologia (seja pelo computador ou pelo smartphone) contribui para que a pessoa possa fugir das situações do cotidiano, das situações de enfrentamento e se tornam um refúgio;, explica a psicóloga Sylvia van Enck Meira, psicóloga colaboradora do programa de dependências tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
;Um dos problemas é que através desses recursos as pessoas podem viver um mundo de fantasia e deixar de lado a convivência social para viver uma irrealidade;, explica. Segundo a psicóloga, quanto mais as pessoas dão atenção às novidades tecnológicas, maior se torna a necessidade de usar sempre mais.
;Quando são impedidas de usar elas entram em desespero, como se fosse mesmo uma abstinência de substância química, o que gera conflitos. Em situações muito sérias, pode levar a agressão física e ataques à própria vida;, aponta.
Segundo a psicóloga, a percepção de que o problema é sério e de que é preciso pedir ajuda quase sempre vem muito tarde. ;As pessoas só se dão conta quando elas percebem um prejuízo muito grande, o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, de anos escolares ou quando há conflitos gerados dentro do ambiente familiar;, relata.
Os preferidos
Alguns dos Pokémons mais lembrados por fãs da franquia
Charmander
Tem o poder de aguentar altas temperaturas e pode usar o fogo como arma. Uma das características dele é ter uma chama na ponta do rabo
Bulbassauro
Com um bulbo nas costas, ele pode, por meio dele, absorver a luz do sol e, assim, restaurar as forças ou a atirar um raio destruidor nos inimigos
Squirtle
A pequena tartaruga azul pode girar em alta velocidade para atingir inimigos e soltar rajadas de água. Em um dos ataques, Squirtle lança bolhas contra os adversários
Pidgeot
É um Pokémon com grandes asas e garras afiadas. Capaz de voar mais rápido que a velocidade do som, pode também criar tempestades com o movimento de suas asas
A ideia do game é simples. Como no desenho animado, o objetivo é capturar Pokémons, que depois podem ser usados em batalhas contra outros fãs. Para isso, o jogo Pokémon GO utiliza o sistema de GPS dos smartphones e faz um mapa real de cidades. Os bichinhos estão por aí e o usuário precisa passar fisicamente pelos lugares para capturá-los.
A paixão por Pokémon e a atração da realidade aumentada (que coloca objetos virtuais no mundo real ; ainda que na tela do celular) fizeram o game superar o número de usuários do Tinder e e o tempo médio de uso do WhatsApp nos Estados Unidos. Nos dois primeiros dias após o lançamento, o aplicativo rendeu US$ 14 milhões à Nintendo.
Os números se tornam ainda mais surpreendentes quando se fala das ações dessa empresa de jogos virtuais, uma das companhias detentoras do game. Com o lançamento de Pokémon GO, as ações da empresa tiveram um crescimento de cerca de US$ 9 bilhões.
Se os números são animadores para desenvolvedores, os problemas gerados pelo app podem causar ainda muita dor de cabeça. Sem esperar tanto público (muitos de países em que o app oficialmente não foi lançado), os servidores apresentaram diversas falhas e o funcionamento do jogo não é perfeito em muitos lugares.
No Brasil, usuários conseguiram jogar durante algum tempo, mas, segundo os relatos da maioria dos jogadores do país, a euforia durou pouco e o app parou de funcionar. Os desenvolvedores ainda não divulgaram a data de lançamento oficial em terras brasileiras, mas adiantaram que a previsão inicial (para o fim do mês) foi adiada depois da estrondosa repercussão.
Um dos problemas é que eles realmente podem estar em qualquer lugar. Em delegacia de polícia, na cozinha de um fast-food, em um cemitério ou no Museu do Holocausto ; como ocorreu em Washington (o Museu pediu, assim como o de Auschwitz, para que fosse retirado do game); todos eles lugares inusitados e impróprios em que as tais criaturas já apareceram.
Desatentos e sem limites, alguns usuários mostraram que, se a missão é capturar os bichos, qualquer obstáculo será pequeno. Por conta da distração causada pela busca, muitos acidentes foram relatados por jogadores, já que é difícil se concentrar com os arredores quando se olha fixamente para o celular.
Na Austrália, uma delegacia de polícia passou a ser muito mais frequentada que o comum. A razão? Os Pokémons que estavam colocados ali. Nos EUA, grupos de assaltantes aproveitaram o itinerário da procura das pequenas criaturas e a distração para fazer algumas vítimas.
O risco da dependência
A frenética busca por Pokémons por meio da tecnologia e os inúmeros acidentes e situações embaraçosas causadas por ela podem ser sintomas da dependência tecnológica dos dias atuais. ;Muitas vezes, o uso desmedido da tecnologia (seja pelo computador ou pelo smartphone) contribui para que a pessoa possa fugir das situações do cotidiano, das situações de enfrentamento e se tornam um refúgio;, explica a psicóloga Sylvia van Enck Meira, psicóloga colaboradora do programa de dependências tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
;Um dos problemas é que através desses recursos as pessoas podem viver um mundo de fantasia e deixar de lado a convivência social para viver uma irrealidade;, explica. Segundo a psicóloga, quanto mais as pessoas dão atenção às novidades tecnológicas, maior se torna a necessidade de usar sempre mais.
;Quando são impedidas de usar elas entram em desespero, como se fosse mesmo uma abstinência de substância química, o que gera conflitos. Em situações muito sérias, pode levar a agressão física e ataques à própria vida;, aponta.
Segundo a psicóloga, a percepção de que o problema é sério e de que é preciso pedir ajuda quase sempre vem muito tarde. ;As pessoas só se dão conta quando elas percebem um prejuízo muito grande, o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, de anos escolares ou quando há conflitos gerados dentro do ambiente familiar;, relata.
Os preferidos
Alguns dos Pokémons mais lembrados por fãs da franquia
Charmander
Tem o poder de aguentar altas temperaturas e pode usar o fogo como arma. Uma das características dele é ter uma chama na ponta do rabo
Bulbassauro
Com um bulbo nas costas, ele pode, por meio dele, absorver a luz do sol e, assim, restaurar as forças ou a atirar um raio destruidor nos inimigos
Squirtle
A pequena tartaruga azul pode girar em alta velocidade para atingir inimigos e soltar rajadas de água. Em um dos ataques, Squirtle lança bolhas contra os adversários
Pidgeot
É um Pokémon com grandes asas e garras afiadas. Capaz de voar mais rápido que a velocidade do som, pode também criar tempestades com o movimento de suas asas