Ricardo Daehn - Enviado especial
postado em 12/07/2016 07:33
São Paulo ; "Acho que é o meu filme mais simples, mais despretensioso", observa o diretor José Eduardo Belmonte, ao divulgar a mais recente comédia, Entre idas e vindas, que chega aos cinemas como promessa diferenciada para as férias de julho, a partir do próximo dia 21. Em um road movie concebido ao gosto das comédias italianas que aprofundavam e faziam rir, nas mãos de diretores como Dino Risi, Belmonte desfia uma ideia singela, em roteiro desenvolvido ao lado de Cláudia Jouvin. Na trama, quatro mulheres, interpretadas por Alice Braga, Ingrid Guimarães, Rosanne Mulholland e Caroline Abras, esbarram em uma estrada com pai e filho perdidos, interpretados por Fábio Assunção e João Assunção, filho do ator na vida real.
"No set, percebi o amor que eles têm entre si, tanto o Fábio quanto o João... Fiquei encantado de conhecer o pai Fábio", reforça Belmonte, que avança no recontar de processo de produção estendido por mais de seis anos, apesar das filmagens megarrápidas, concluídas em 14 dias.
"No passado, fiz filmes muito catárticos, e estava em um processo pessoal muito intenso. Precisava sair um pouco de mim para tentar me descobrir. Eu tinha de perceber como não ficar num gueto. Depois de fitas que chamo de tetralogia da crise, achei importante sair de mim", comenta, agora assinando filme leve e acessível.
Outros caminhos
À frente de comédias de estouro em bilheterias, como Loucas para casar e De pernas pro ar, Ingrid Guimarães assume a investida em nova fase, com Entre idas e vindas. "Vejo o filme como um bom meio-termo entre cinema comercial e autoral, para que o público não fique viciado em apenas um tipo de comédia. As pessoas são inteligentes o suficiente para consumir outras coisas", comenta Ingrid Guimarães, na comédia, uma boa pretendente para Afonso, o solitário personagem de Fábio.
[SAIBAMAIS]"Acho lindo que o personagem do Fábio seja sensível. A gente foi feliz em fazer histórias de pessoas, independentemente do gênero", enfatiza a estrela internacional Alice Braga, sem encampar a ideia de uma comédia feminista, apesar da preponderância de atrizes nas cenas.
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