<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/07/11/539716/20160711102915600377u.jpg" alt="O escritor André Vianco é um dos convidados do evento" /> Voltada para alunos e professores, a Feira do Livro de Brasília de 2016, a ser realizada de 16 a 24 deste mês, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, apresentará uma programação com diversas figuras da cultura local e atrações para múltiplas faixas de público. Entre outros, participarão do evento Frei Betto, Vicente Viladarga, André Vianco, Frederico Barbosa, Jô Oliveira, e Felipe Fortuna. O pessoal da internet, com os blogueiros Juliana Cirqueira e Raphaella Barros, também anima os debates.<br /><br />A Otaloukos, evento anual organizado por um grupo de jovens da Ceilândia, é especialmente conhecida entre os amantes da cultura pop japonesa, principalmente os mangás e animes. Eles estarão na Feira dia 23 de julho, às 14h, para falar daquilo que gostam mais: quadrinhos e mangás.<br /><br />;Além de mim, três historiadores participarão da discussão. Queremos fazer um recorte histórico, falar de eventos nos quadrinhos;, explica Jean Alysson, membro da Otaloukos que estará coordenando o debate.<br /><br />Além do pessoal da Otaloukos, Nestablo Ramos, apresentador do programa <em>Enerdizando</em>, falará sobre a produção de quadrinhos no Brasil e sobre <em>Star wars</em>. ;Vamos falar sobre a aplicação das marcas no mercado, os filmes e os games, principalmente. Claro, sempre surge um outro tema que não está planejado;, conta. Sobre viver de quadrinhos no Brasil, Nestablo é realista. ;O mercado ainda não possibilita viver disso, é preciso ter um bom plano B. Quem é bom em economizar, pode até conseguir, mas quem vai todo ano pra Disney comprar os produtos de <em>Star wars</em> vai ter dificuldade;, diverte-se.<br /><strong><br />Público nerd</strong><br /><br />Para quem acredita que Luke Skywalker ficaria deslocado em uma feira literária, Nestablo diz que o público nerd e geek de Brasília podem tornar esse tema bastante relevante. ;Só temos ideia do quanto esse público é grande quando participamos dos eventos dedicados a isso, como o Kodama ou o Geek Primer. A Feira do Livro não é exatamente o caso. Claro que literatura engloba quadrinhos, mas essa é uma fatia pequena;, conta.<br /><br />Ao lado dos jedis e dos sketchs de super-heróis, os clássicos literários têm seu espaço. José Maria Botelho, jornalista, professor e escritor, conduzirá uma palestra onde falará sobre a influência de Euclides da Cunha no trabalho de Guimarães Rosa. ;De certa forma, Guimarães recuperou o que Euclides fez, que foi revelar para o Brasil que havia um país apartado da ocupação civilizatória litorânea, um segundo Brasil no interior. Revelou um sertanejo que pensava, lutava e planejava;, conclui.<br /><br />Filho da escritora Ruth Guimarães, Botelho criou uma familiaridade com a literatura clássica, que vai além de chamar autores renomados pelo primeiro nome. Mesmo assim, ele não deixa os mais modernos fora de sua estante. ;Não é uma questão de clássicos versus modernos, mas de conectá-los. É preciso ler ambos, Euclides e Guimarães e os novos, como Milton Antunes;, afirma ele, oferecendo alívio aos que se sentem divididos entre dois mundos.<br /><br />Botelho participará da Feira do Livro de Brasília pela primeira vez, mas já esteve na Bienal de São Paulo, na Feira do Livro de Buenos Aires e em Frankfurt. Para ele, a importância de eventos como feiras literárias é fundamental, mas desde que haja mediação. ;Não dá pra soltar a molecada por aí e deixar por isso mesmo, é preciso haver uma orientação e um estimulo. Esse evento oferece debates, mesas-redondas e palestras.;<br /><br />A preocupação com o público jovem é um fator recorrente para essa edição da Feira do Livro. Nestablo garante que viu grande pertinência no tema da Feira deste ano, Meu mestre, meu livro (ou, no caso, meu quadrinho). ;Nosso país não é famoso pela quantidade de leitores, então qualquer oportunidade de incentivar isso, principalmente na garotada, temos que aproveitar para tentar suprir essa carência.;<br /><br />Nestablo, que já participou de edições anteriores, afirma que esses eventos são importantes para manter viva a vida cultural de Brasília. ;Brasília, mesmo sendo a capital do país, é um pouco esquecida com relação a eventos. Isso só está começando a mudar de uns tempos pra cá. Esses eventos culturais são importantes para movimentar, fazer com que o quadrinista, desenhista, o escritor, saiam da caverna e gerem esse movimento que atrai as pessoas;, afirma. <br /> </p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/diversao-e-arte/2016/07/10/interna_diversaoearte,211655/a-proxima-tela.shtml">aqui</a> para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://assine.correiobraziliense.net.br/">aqui</a>. </p>