<p class="texto"> <img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/07/06/539164/20160705183208400249a.jpg" alt="Stella em um dos eventos com seus leitores: confiança conquistada depois de 10 livros publicados e de muita interação e confidências" /></p><p class="texto"> </p><p class="texto">De maneira leve, ainda que profunda, Stella Florence consegue abordar o difícil tema do estupro em seu novo livro, <em>Eu me possuo</em>. A escolha foi por mostrar a história de uma protagonista que já traçou o caminho de superação da violência e reencontra o antigo homem que a fez sofrer no passado. Com uma escrita madura no novo romance, Florence utiliza muitas de suas próprias experiências para dar vida ao personagem principal, como é costume em seus trabalhos. A ideia do livro é construir e possibilitar mais um espaço para um tema ao mesmo tempo antigo e atual, e que precisa ser debatido, mostrado, discutido e conversado a cada dia. ;Se cada um, no seu ramo de atuação profissional, no seu nicho social e familiar, fizer um pouquinho, conseguiremos um mundo diferente no futuro;, afirma a escritora.<br /><br />Florence não esconde que também já passou pela violenta experiência e a ideia para o livro veio justamente a partir daquilo que vivenciou, tendo sido alvo de duas tentativas e dois estupros. A mensagem levada aos leitores é clara: a mulher deve exercitar sua autonomia e direito de decisão em todas as áreas de sua vida. ;Eu precisei de mais maturidade para escrever sobre esse assunto, pois meu tom sempre foi mais leve e bem-humorado, mas nesse assunto não dá para tirar nada de humor, nada de risível ou engraçado. Não tem como fazer piada, então eu procurei encontrar um tom que fosse leve na medida certa, não perdesse a profundidade, não se tornasse um melodrama, e não pesasse. Eu queria fazer um livro solar, pois já basta ter passado por essa experiência. Queria falar sobre a reconstrução daquela mulher;, conta a autora. A história narrada é justamente aquela em que, tendo passado pelo momento de se fechar para o mundo e para novas experiências afetivas e sexuais, a mulher encontra seu ponto de partida para a transformação.<br /><br />Vivência pessoal<br />A escritora sempre se identificou com temas íntimos e de pessoas próximas e conta que, quando uma ficção é criada, existe um distanciamento para lidar melhor com a questão. Enquanto isso, quando o tema trabalhado foi vivenciado pela autora, há mais paixão pela escrita e pela criação do novo livro. Neste tema, tão difícil e doloroso de ser encarado, a literatura aparece como outro caminho de abordagem. ;Hoje, as pessoas falam mais sobre o estupro e isso é muito importante. A literatura traz outro viés, a gente lê e acompanha de uma maneira mais desarmada. Tem muito amor e sexo no livro, pois queria trazer essa cura justamente onde ela se feriu. Têm homens no livro, um retrato mais amplo; têm caras muito legais. A Karina tem uma experiência de parceria e aprendizado com vários desses homens. Para mostrar esse outro viés também;, afirma.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/diversao-e-arte/2016/07/05/interna_diversaoearte,211361/cronistas-da-transicao.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwczovL2Fzc2luZS5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UubmV0LmJyLyIsImxpbmsiOiJodHRwczovL2Fzc2luZS5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UubmV0LmJyLyIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9zZWxmIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9fQ==">aqui</a>. </p>