<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/07/06/539163/20160705183008349279o.jpg" alt="Álbum de Billie Holiday gravado em 1958: um dos clássicos do gênero Reprodução Internet" /></p><p class="texto"> </p><p class="texto">Considerado uma das matrizes do rock n;roll, o jazz tem ganhado holofotes na capital. Com um público cada vez mais jovem, o som passa por um momento de popularização em shows e eventos ao ar livre. O interesse das novas gerações em músicas que estão fora do circuito comercial tem projetado os acordes imortalizados por grandes artistas de Nova Orleans. Ao observar a tendência musical, o empresário e produtor cultural Gustavo Frade decidiu criar o evento El Clandestino, que reúne artistas de jazz da cidade semanalmente no Eixão do Lazer. ;Vi que esse nome não estava atraindo muito o público. Por isso, decidi mudar o nome para Buraco do Jazz. Assim que fui mais direto ao ponto, o público cresceu visivelmente;, comemora Frade, que amanhã realiza a 15; edição do evento com a participação de Ted Falcon, jazzista americano radicado em Brasília.<br /><br />Na avaliação de Gustavo, o gypsy jazz, estilo mais energético do que o jazz clássico, tem atraído o público da faixa etária entre 25 e 35 anos. ;O jazz que se tocava em Brasília era muito lento. Nossa ideia é ter um jazz mais animado, que seja um atrativo a esse público, equivalente a 90% das pessoas que frequentam o evento;. Mesmo com a boa fase do gênero, há ainda muito trabalho a ser feito. ;É preciso investir mais nos músicos. Tocar jazz é algo difícil, que requer experiência;, avalia.<br /><br />Idealizadora do projeto Quinta Mais, do restaurante C;est si Bon, a produtora cultural Naná Maris, ex-professora da Escola de Música de Brasília, compara o crescimento do jazz na cidade ao período de consagração do choro entre o público brasiliense. ;Quando o Hamilton de Holanda despontou no exterior como músico, uma nova geração se interessou mais pelo choro. No jazz isso pode ser visto com a chegada de uma nova safra de músicos que têm tido reconhecimento em outros países;, destaca a produtora em entrevista ao Correio.</p><p class="texto"> </p><p class="texto"><strong>Desafios</strong><br />Apesar de cair no gosto do grande público, artistas têm enfrentado dificuldades para dar maior visibilidade ao gênero. ;Uma dos principais problemas que enfrentamos é a falta de espaço para tocar jazz e a falta de ambientes adequados para isso;, ressalta Ted Falcon, que integrava a banda Jambrosia ; composta por integrantes que residem atualmente em outras cidades. ;Pela falta de mercado por aqui, algumas pessoas precisaram sair de Brasília. Alguns locais não dão a atenção especial que o jazz merece;, ressalta Falcon, que participou do projeto Eletro Jazz, que funcionava no extinto Balaio Café. Esposa de Ted e produtora cultural, Sarah Pontes, da Saravah produções, enxerga a Lei do Silêncio como um dos principais impeditivos para propagar o gênero na capital. ;Tínhamos estabelecimentos que atraíam público apreciador de jazz que fecharam as portas. Percebi a carência da cidade e já cheguei a fazer eventos como o House Concert, que reunia artistas e food trucks no jardim da minha casa;, ressalta Sarah.<br /><br />Entusiastas do gênero americano, o trio de irmãos Ciro, João e Luiz Gustavo Marcondes vislumbrou na venda de vinis uma maneira de difundir o jazz entre o grande público. Com um extenso acervo, de aproximadamente 200 discos do gênero, a loja Marcondes & Co tem no jazz um dos principais focos de venda em feiras da cidade. O interesse das novas gerações pela vertente musical se reflete na clientela da marca. ;Percebemos que o público jovem interessado em jazz tem aumentado. São pessoas que estão na vanguarda e querem conhecer culturas diferentes, que não estão no mainstream. Elas querem música que não está disponível o tempo inteiro como outros sons estão;, ressalta Ciro Marcondes, que também comercializa álbuns de jazz pela página do Facebook.<br /><br /> ;O jazz é um gênero que sempre se renova. É um dos pilares da representação do século 20 e faz parte de uma cultura que nunca morre. Apesar de não ter tanta relevância mercadológica, ele sempre vai ter relevância cultural;, destaca Ciro, que começou a escutar jazz na infância ouvindo clássicos como Louis Armstrong, John Coltrane e Duke Ellington. <br /><br /><strong>Atrações na cidade</strong><br /><strong><br />Buraco do Jazz</strong><br />Todas as quintas-feiras no Eixo Sul (altura da 214). Entrada franca. O evento é semanal das 18h até 0h. <br /><strong><br />Quinta Mais</strong><br />Todas as quintas-feiras, no restaurante C;est si Bon (213 Norte Bl. A lj. 9) . Tel: 3272-1005<br />Convert artístico a R$ 10.<br /> <br /><strong>Festival Instrumenta Brasília</strong><br />Mais de 15 atrações musicais, entre elas banda Passo Largo, Ted Falcon e Gipsy Jazz Club. Em 16 (a partir das 20h) e 17 de julho (a partir das 17h), na Praça das Fontes, no Parque da Cidade. Entrada franca. </p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/diversao-e-arte/2016/07/05/interna_diversaoearte,211361/cronistas-da-transicao.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwczovL2Fzc2luZS5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UubmV0LmJyLyIsImxpbmsiOiJodHRwczovL2Fzc2luZS5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UubmV0LmJyLyIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9zZWxmIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9fQ==">aqui</a>. </p>