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Diversão e Arte

Michael Jackson deixa grande legado artístico para próxima geração pop

Entre músicas, filmes e danças icônicas, legado de Michael Jackson continua forte como sempre. Influência de MJ permanece em artistas da atual geração do pop

Há uma pequena quantidade de artistas que podem se aposentar, sair de suas famosas bandas, até mesmo falecer... E a sensação é de que as suas influências, conquistas, admiração e o respeito dos fãs permanecem tão intensos quando da época de seus respectivos auges. Como exemplos, há os Beatles, que, embora tenham se separado no começo dos anos 1970, a obra permanece celebrada em todo o mundo; e Elvis Presley, cuja imagem transgressora (para a época) ainda é motivo de curiosidade, além de ser imitada por diferentes gerações. O mais recente exemplo dessa linhagem é o Rei do Pop, Michael Jackson.

[SAIBAMAIS]Infelizmente, Michael Joseph Jackson, nascido em Gary, Indiana, em 29 de agosto de 1958, faleceu há sete anos, em 25 de junho de 2009, vítima de uma parada cardíaca causada pelo uso exagerado dos medicamentos propofol e benzodiazepina. Ele tinha 50 anos. No entanto, apesar de toda a comoção e do aparente vazio deixado pela ausência de um dos maiores artistas de todos os tempos, MJ permanece vivo nas canções, danças e interpretações de diversos artistas da atual geração do pop.

;Michael era ;a; estrela. Ele inventou o estrelato. Ele é tudo para mim, então é claro que vai haver influência dele na minha música. Off the wall é o disco que me inspirou a cantar;, declarou The Weeknd, uma das maiores revelações da música pop nos últimos anos, em entrevista ao Los Angeles Times. A ;presença; de Michael na música de The Weeknd é clara em composições como I can;t feel my face, High for this e The hills, no qual o canadense usa e abusa dos falsetes, sussurros e gritinhos, marcas registradas do estilo vocal do Rei do Pop. Em relação à dança, The Weeknd também arrisca passos à maneira de Michael no clipe de I can;t feel my face.

Outro artista obviamente influenciado por Michael Jackson é Justin Timberlake. Aliás, segundo o ex-N;Sync, a confiança para iniciar a carreira solo surgiu depois que Michael, em 2002, o convidou para fazer um dueto, com a música Gone, que acabou sendo creditada à boy band. Apesar disso, a carreira solo de Timberlake finalmente aconteceu com o álbum Justified, com influências de Stevie Wonder e MJ, de quem ele claramente tirou inspiração para as composições e coreografias.

Além de Timberlake e The Weeknd, o alcance de Michael Jackson está em diversas outras ramificações da música pop, seja nas danças de Chris Brown e Usher, nas interjeições de Jason DeRulo, nas inovações de Lady Gaga ou na versatilidade de Bruno Mars.

Excelência


Entre os inúmeros elogios que podem ser feitos à produção artística de Michael, um deles é a facilidade com a qual ele passeou por diversos estilos. Desde funks dançantes, como Working day and night, passando por baladas como I can;t stop loving you, até r tradicionais (Rock with you) e flertes com o hard rock (Beat it), o Rei do Pop ofereceu um pouco para cada fã dos principais estilos do mainstream musical.

Astuto promotor da própria marca, Michael Jackson sempre fez questão de trazer excelência aos seus trabalhos, se associando aos artistas mais populares de suas respectivas épocas, como nos anos 1980, quando chamou Eddie Van Halen, da banda Van Halen, para gravar o solo da música Beat it; ou quando contou com Slash para participar de Dirty Diana e Black & white; ou até mesmo McCaulay Culkin, eterna estrela de Esqueceram de mim, para também participar de Black & white. Tais parcerias também ajudaram Michael a conquistar diversos tipos de plateia; até os roqueiros, pouco acostumados com as danças coreografadas do pop.

O resultado disso é que, se em vida Michael já era uma máquina de fazer dinheiro, tal habilidade ganhou um novo impulso com a curiosidade criada em torno da sua morte. Em 2009, ano de seu óbito, MJ terminou como o artista que mais vendeu, com 8,3 milhões de cópias. No ano seguinte, os responsáveis pelo seu legado fecharam um acordo de US$ 250 milhões com a Sony, o maior da história da música. No ano passado, de acordo com a revista Forbes, os três produtos lançados após sua morte ; o filme/álbum This is it e os discos Xscape e Michael ; com as vendas do resto da sua discografia já arrecadaram mais de US$ 1 bilhão, a mesma quantia que o artista arrecadou em toda a sua carreira, quando vivo.


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