Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Aos 40 anos de carreira, Elias Andreato prefere o teatro da delicadeza

O aclamado ator e diretor fala sobre teatro e faz uma avaliação da trajetória artística

Ele prefere falar por meio do palco. O que o move, ele transforma em espetáculo. Assim, o diretor e ator paraense Elias Andreato emocionou plateias por meio das histórias de Van Gogh, Oscar Wilde e de Santa Teresa d;Ávila. A freira carmelita espanhola, inclusive, inspira o elogiado espetáculo A língua em pedaços, em cartaz em Brasília.

São quatro décadas de carreira voltadas para o teatro. As colaborações com o cinema e, principalmente, com a televisão, foram ínfimas. Elias vive do palco. Desde Os pequenos burgueses, em 1977, ele passou a encarar os personagens como modo de vida, provocando instigantes reflexões acerca da atuação cênica, vide a intensidade e densidade que emprega a seus trabalhos.

Em entrevista ao Correio, sempre preferindo respostas curtas e vagas, o artista falou sobre momentos importantes da carreira, enalteceu a importância do teatro na educação e disse odiar ;porradas;, mesmo aquelas vindas do teatro. Gosta das ;delicadezas;. E faz questão de multiplicá-las no palco.

São muitos os personagens históricos que perpassam sua carreira, seja como ator e diretor, caso de Van Gogh, Oscar Wilde, Artaud e,agora em Brasília, Santa Teresa D;Ávila. Essa busca por biografias expressivas é proposital? E de que forma te movem?
Todos eles viveram intensamente suas ideias, fé, ofícios e arte! É isso que me comove e perpetua em mim.

Você dirigiu encenações protagonizadas por presidiárias da
Penitenciária Feminina de Santana, em São Paulo. De que maneira teatro pode interferir em um ambiente tão opressor como um presídio?

Foi a minha primeira experiência como diretor... Ali, pude me experimentar e repensar o teatro como um veículo de transformação e transgressão. O teatro pode revelar segredos, medos e desejos ocultos. E também gerar luz na escuridão. Encontrei muita delicadeza e muita poesia naquele lugar tão triste e violento!

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