A promessa é de um show dançante e animado, que apresente ao público brasiliense todas as faixas do novo CD do grupo Galo Cego, além de clássicos interpretados, como Maracatu atômico, Come together e Noites cariocas. Nascido em 1988 nas batucadas brasilienses, o grupo chega neste ano com seu primeiro trabalho totalmente autoral, com influências de diferentes ritmos. Referência no carnaval da cidade, o grupo consolida o projeto que foi pensado ainda em 2014, quando os artistas Bruno Dourado e Luís Maurício começaram a reunir composições próprias e parcerias musicais. Entre as participações especiais no CD do bloco pré-carnavalesco, incentivando a música brasiliense, estão Kris Maciel, Japão, Lauro Aires, Kiko Peres e Esdras.
A produção do CD ficou por conta de Bruno Wambier e (tecladista da banda Natiruts) e Bruno Dourado, que afirma que o bloco é uma irmandade musical em que a bateria é composta por amigos de longa data. ;Passeamos pelo samba, pelos ritmos baianos, como Olodum e Timbalada, e trazemos também uma pitada de frevo e maracatu. Não deixamos faltar também os batidões da música black. Vai ser difícil ficar sentado no show;, afirma Dourado, que é também um dos vocalistas do grupo. Vale lembrar que os ingressos para a apresentação no importante símbolo da música brasiliense, o Clube do Choro, esgotaram em apenas 24 horas. O artista conta que o processo criativo, que levou às músicas criadas atualmente, começou ainda nos anos 1990, quando surgiu o refrão da música Bucho preto. Desde então, os parceiros musicais Bruno Dourado e Luís Maurício começaram a compôr seu próprio som.
A primeira banda da dupla, que já trabalha junta no meio artístico brasiliense, se chamava Conexão Brasília e era figura presente nas festas de rock da cidade. Em seguida, os músicos entraram para a banda Natiruts, em que Luís Maurício toca ainda hoje. Enquanto isso, a batucada do Galo cego surgia dentro da casa de Dourado, entre amigos e instrumentos de percussão. Bruno e Luís se juntaram ainda na adolescência e depois vieram outros amigos, formando um grupo grande de ritmistas. ;Já temos uma história longa e, hoje, a gente conta com uma constelação de artistas no bloco, que já é referência na cidade. As músicas têm sempre uma temática inspirada na alegria do carnaval e a emoção de uma boa bateria. O grupo se diferencia justamente por ser uma reunião de grandes parceiros, parece sempre uma festa entre amigos;, conta o vocalista.
Kris Maciel participa da família Galo Cego há alguns anos e está junto em todos os carnavais. A cantora conta que gosta do projeto pela possibilidade de cantar outros repertórios além do samba que tanto gosta de fazer, pela presença de muita percussão e ritmos diversos. ;Eu vou cantar a música que gravei e farei uma participação também com o Japão, tem muita gente bacana. Gravamos o CD com carinho e esperamos que venham muitos frutos agora com o lançamento;, afirma. Entre as outras participações estão a do percussionista Leander Motta, que assina as percussões de todas as faixas com Bruno Dourado. Kiko Peres deixa sua marca em Pode avisar aí, um samba com pitadas de guitarra do reggae com efeitos de delay muito usados no ritmo jamaicano. Kiko participa ainda em Pra Bahia e O bonde. Japão (Viela 17) deixa toda a sua metralhadora de palavras do bem em O Bonde, parceria de Bruno, Japão e Lauro Aires. O objetivo é criar um ambiente de som diverso e fazer o público brasiliense dançar na noite de batucada no Clube do Choro.
Show do Galo Cego
Lançamento do CD do bloco Galo Cego no Clube do Choro, no dia 31/05, às 21h.