Tanta gente me julgando/tudo estava errado e eu/Não queria escutar/Mas o tempo me mostrou que a pessoa que eu amava/Nunca me amou, só quis me usar. São com essas palavras que Joelma abre o novo disco, o primeiro da carreira solo, na música Não teve amor. Apesar dessa nova fase, que inclui uma repaginada no visual, a diva do calipso e do brega pop, pelo visto, utilizou os dramáticos acontecimentos do ano passado para dar uma guinada no direcionamento atual da vida profissional. ;Nunca passei por isso antes, então tudo foi um desafio novo. Mesmo tendo uma boa experiência, a carreira solo é uma novidade;, admitiu a artista em entrevista ao Correio.
Para refrescar a memória, Joelma abandonou, em 31 de dezembro, a banda Calypso, da qual foi cofundadora com o ex-marido Chimbinha. Ela e o guitarrista foram casados durante 18 anos e formaram a banda há 15. No entanto, o relacionamento e o grupo chegaram ao fim depois de acusações de infidelidade, agressões e apresentações constrangedoras quando os problemas entre o casal claramente influenciaram a qualidade dos shows.
Todo esse drama foi bem documentado pelas redes sociais e, como não poderia deixar de ser, está sendo revisitado por Joelma no álbum homônimo que contém 14 faixas. O conflito entre superação e dor de cotovelo permeia todo o trabalho, desde a sua estética até a sonoridade.
Ao mesmo tempo em que os desenhos que ilustram o encarte do disco mostram uma versão super-heroína e destemida de Joelma, com os dizeres ;A música é a minha fortaleza e o amor é minha arma. Com Deus sempre no comando!”, canções como Barca furada (Tarde demais, tentei te alertar/Mas você nem ligou, me ignorou/Mas foi barca furada/Você foi entrar e junto com você/Eu vi tudo naufragar) e Tarde demais (Tarde demais/Você mentiu/Tirou minha paz/E depois, sumiu) estão cheias de arrependimento.
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique aqui.