<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/05/21/532913/20160520174519156802o.jpg" alt="'Trabalhar em prol de pessoas em campos de refugiados deixou de ser uma questão de altruísmo pra mim. Já é uma disposição quase física, química minha', Sean Penn, ator e diretor" /> </p><p class="texto"> </p><p class="texto"><strong>Cannes (França) ;</strong> Passaram-se 25 anos desde que Sean Penn fez sua estreia como diretor, com Unidos pelo sangue (1991), abrindo para si uma trajetória paralela (e bissexta) como realizador que, enfim, pode ter o devido reconhecimento amanhã, quando o 69; Festival de Cannes anunciar o ganhador da Palma de Ouro, prêmio que ele tem tudo para conquistar por The last face. Ganhador de dois Oscars como melhor ator, por Sobre meninos e lobos, em 2004, e por Milk ; A voz da igualdade, em 2009, Penn voltou à direção pelo tapete vermelho de Cannes, com um drama romântico ligado à questão mais delicada da Europa na atualidade: as mazelas dos refugiados africanos, com destaque para o povo da Libéria.<br /><br />É a eles que os protagonistas, um par de voluntários dos Médicos Sem Fronteiras, dedicam seus esforços integralmente, até se apaixonarem: o Dr. Miguel Leon (Javier Bardem) e a Dra. Wren (Charlize Theron, com Penn viveu um affair ainda não arrefecido).<br /><br />;Para lidar com atores, você precisa primeiro encarar o desafio de driblar seu próprio ego porque o resto vem de ter um elenco capaz de aliar talento e humildade, como eu tive aqui. Com Bardem, Charlize e muitos atores não profissionais, construímos uma história sobre generosidade num contexto de amor e de guerra;, diz Penn, cercado por uma horda de fotógrafos por onde vai. ;O bom de estar aqui no festival, sobretudo sendo americano, é sair daqui com a certeza de que um filme de outro país, filipino, por exemplo, pode ser melhor do que os nossos. Digo isso porque, nos Estados Unidos, vivemos uma espécie de monocultura de filmes.;<br /><br />Houve quem vaiasse The last face em sua projeção para 1,4 mil jornalistas na manhã de ontem, em função da toada açucarada com que ele filma as horas a dois ; sem jaleco ou estetoscópio ; do casal central. Mas as vaias não mudam o fato de o longa ter ingredientes típicos de um ganhador de Palma de Ouro: carrega um discurso humanitário; debate o bem-estar dos refugiados da África, cartografando a brutalidade na Libéria; tem dois astros de relevância estética e mundial (sendo ela, Charlize, sul-africana, e ele, Bardem, espanhol); faz do amor uma bandeira em prol da esperança; tem potencial comercial para virar blockbuster. E, se não bastasse isso tudo, Penn é adorado em Cannes, onde presidiu o júri em 2008 (premiando um filme francês, Entre os muros da escola) e onde ganhou o prêmio de melhor ator, por Loucos de amor.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://publica.impresso.correioweb.com.br/page,274,41.html?i=206873=da_impresso=da_impresso_130686904244"><font color="#ff0000">aqui</font></a> para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://assine.correiobraziliense.net.br/"><font color="#ff0000">aqui</font></a>. </p>