Durante muito tempo, o que realmente fazia sucesso em Brasília eram eventos vindos de fora, com a presença de atrações nacionais ou internacionais. Porém, nos últimos quatro anos, a cidade tem visto uma mudança acontecer: a valorização do público por produções brasilienses. Essa tendência é um reconhecimento do esforço dos produtores que têm investindo em cenografia, estrutura e novos conceitos. A seguir, o Diversão & Arte apresenta os nomes e estratégias por trás de cinco festas brasilienses: Mimosa, Makossa, Melanina, Moranga e Santa Feijuca.
Mimosa
Em setembro de 2012, o jornalista e produtor Sandro Biondo despretensiosamente criou a festa Mimosa. A primeira edição foi no deck do Objeto Encontrado (102 Norte). A ideia era beber o drinque e trazer a leveza de um piquenique. ;A Mimosa fez parte desse movimento que começou de eventos durante o dia na cidade, que pipocou por uma vontade do público. Sempre quis fazer uma festa que fosse a cara da cidade, até por isso o símbolo dela é o ipê;, afirma o DJ.
Melanina
Criada há cinco anos, a festa surgiu por iniciativa de Pedro Batista, 27 anos. Natural de Fortaleza, o jovem trouxe de sua cidade a paixão pelo movimento hip-hop e o envolvimento com produção de eventos, que começou aos 16 anos. Já em Brasília, criou a Influenza Produções com a intenção de fazer festas para divulgar artistas que eram produzidos por ele, como o DJ A e o projeto Funkeando. ;A ideia inicial era apresentar trabalhos autorais e acabou virando uma festa enorme, com um formato um pouco mais comercial e um reconhecimento grande dentro de Brasília;, explica.
Makossa
Em meados de 2002, Leonardo Cinelli, ao lado da amiga Bianca Chiavicatti (que acabou saindo e o DJ e produtor Chicco Aquino se uniu ao projeto em 2006), percebeu que existia uma necessidade de eventos diferentes em Brasília. Assim, decidiram trazer a ligação da música negra com o house para capital. ;Lá fora tinha essa similaridade nas cenas e a gente queria fazer algo sobre isso, que fosse democrático e no centro de Brasília;, explica Cinelli.
Moranga
O brasiliense Daniel Amaro, 32 anos, mais conhecido como Spot, é um dos 10 produtores por trás da festa Moranga. A balada surgiu como uma nova versão da Toranja, de 2009, que era um evento com edições gratuitas no extinto Balaio (201 Norte). Em 2012, a festa recebeu um convite de ter uma nova casa, o Outro Calaf (SBS), onde é feita até hoje sempre às quartas. ;A Toranja era uma festa mais rock;n;roll, tivemos que fazer algumas adaptações. Fomos sondando o público e se tornou em uma balada muito plural. Tem desde techno a forró, funk ao carimbó;, afirma.
Santa Feijuca
[SAIBAMAIS]Desde 2012, a R2 Produções, formada por Eduardo Alves, Rafael Damas, Ricardo Emediato e Bruno Sartório, investe em produzir eventos genuinamente brasilienses. ;Na verdade, foi meio que uma necessidade junto com um momento que percebemos que era importante investirmos nas próprias festas. Trazíamos eventos de peso de fora, mas que não tinha um conceito e um formato com a qualidade que fazíamos aqui. Pensamos: por que não desenvolver o nosso próprio conceito?;, lembra Sartório.
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