<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/05/08/530755/20160506175816774893o.JPG" alt="O compositor completa 70 anos em 2016" /> </p><p class="texto"> </p><p class="texto"><em>Perto de completar 70 anos, Alceu Valença tem memória de menino. Lembra-se, com detalhes, das histórias da infância, da adolescência, do início da carreira. Foi dessas lembranças e da bagagem cultural do cantor que surgiu o filme A luneta do tempo, escrito e dirigido pelo compositor e em cartaz no Cine Brasília. Misturando música, poesia e circo, o longa mostra o duelo entre gerações do cangaço e tem Lampião (Irandhir Santos) como um dos personagens.<br /><br />Em uma longa e animada conversa, o artista falou sobre os filmes que assistiu ainda menino, sobre os circos que passaram por São Bento do Una (cidade natal de Alceu) e o gosto pelo cinema francês na juventude; memórias que o marcaram e foram a base para construir A luneta do tempo, que, 14 anos depois da ideia inicial, chega aos cinemas.<br /></em><br /><strong>Os filmes na infância</strong><br />Não tenho projetos e planejamentos. Tudo que eu faço está ligado a alguma coisa. Esse filme vem da minha infância em São Bento do Una, entre o agreste e o sertão de Pernambuco. Lá havia dois cinemas e eu ia às vezes com a minha mãe. Fiquei em São Bento até os 7 anos. Foi num desses cinemas que cantei a primeira vez em festival. Tinha 4 anos, perdi um grande prêmio: uma caixa de sabonetes. Havia também uma feira. Essa feira tinha emboladores, violeiros, cegos com rabecas, cordelistas e no alto-falante do cinema tocavam as músicas de Luiz Gonzaga. Todo esse universo veio para o filme.<br /><br /><strong>Caixa de sapato</strong><br />Minha mãe botava um lençol na parede e fazia uma maneira de projetar sombras, de contar histórias para os quatro filhos. Lá no cinema, quando o filme quebrava, o funcionário tinha que emendar e sobravam algumas partes. Aí, ele me dava os restos. Eu levava para casa e a gente fazia, eu e meu irmão, um cinema em uma caixa de sapato, com 7 anos. O cinema já estava em mim desde essa época, mais tarde fiquei distante, por falta de tempo, pela carreira.<br /><br /><strong>Memórias do cangaço</strong><br />Meu pai tinha uma fazenda, que se chamava Riachão, ele nos contava que muitas vezes chegavam boatos de que os cangaceiros iriam invadi-la. As pessoas da região se armavam e começavam a atirar. Pode ser que a história seja uma bravata. Mas havia uma serra e eu ficava pensando que os cangaceiros tinham morrido e que estavam em cima da serra, a Pedra do Urubu, e que as almas deles estavam lá. Vi filmes como O cangaceiro, de Lima Barreto, depois. Era um filme que tinha cavalo, mas cangaceiro não tinha cavalo, não. Andavam a pé, botavam a sandália de costas, para impedir rastros, aqueles filmes não me convenciam. Esse filme O cangaceiro não era uma coisa que me convencia.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2016/05/06/interna_economia,205714/propostas-de-reforma-da-clt-criam-polemica.shtml" target="blank">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwczovL2Fzc2luZS5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UubmV0LmJyLyIsImxpbmsiOiJodHRwczovL2Fzc2luZS5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UubmV0LmJyLyIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9zZWxmIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9fQ==" target="blank">clique aqui</a><a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php" target="blank"></a>. </p>