Foi Toquinho quem convenceu o produtor musical Manoel Barenbein a se encontrar com o jovem Francisco. ;Você precisa conhecer o Chico carioca;, dizia o cantor. Barenbein foi com o amigo encontrar o tal rapaz, em uma tarde de 1965, no bar Sem Nome, na rua Dr. Vila Nova, em São Paulo. Enquanto a cerveja gelada descia no espaço repleto de estudantes da Mackenzie e da USP (universidades que ficavam nos arredores), Chico Buarque dedilhava o violão e cantava.
;À medida que ele ia tocando, eu ficava mais entusiasmado com aquilo que estava vendo;, lembra Barenbein. O produtor, mesmo sem ter autonomia para tanto dentro da gravadora, ofereceu a Chico a possibilidade de gravar um LP. O jovem ficou relutante. O tempo passou. Mas em 1966, A banda estourou no festival da Música Popular Brasileira e já não dava mais para esperar. Há 50 anos, num domingo, o menino de 22 anos entrava, enfim, no estúdio para registrar clássicos, como Pedro, pedreiro e Olê, olá no LP Chico Buarque de Hollanda.
;Com o Chico era fácil de trabalhar porque, como bom compositor, ela já tinha no violão o que seriam os arranjos. Você conversava com ele e as coisas fluíam tranquilamente;, lembra o produtor. Barenbein acredita que esse o disco do compositor em que a simplicidade está mais presente. ;Você tem melodias perfeitas com letras fundamentais, acompanhadas por um arranjo que está ali apenas para emoldurar isso;, explica.
;Com o Chico era fácil de trabalhar porque, como bom compositor, ela já tinha no violão o que seriam os arranjos. Você conversava com ele e as coisas fluíam tranquilamente;, lembra o produtor. Barenbein acredita que esse o disco do compositor em que a simplicidade está mais presente. ;Você tem melodias perfeitas com letras fundamentais, acompanhadas por um arranjo que está ali apenas para emoldurar isso;, explica.