<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/04/09/526453/20160408181241308857a.jpg" alt="Cassiano Nunes chegou a Brasília graças a uma conexão modernista articulada pelo poeta e amigo Carlos Drummond de Andrade" /> </p><p class="texto">O professor, ensaísta e poeta Cassiano Nunes (1921-1987) aterrissou em Brasília graças a uma conexão modernista. Ele morava em Nova York, mas tinha vontade de retornar ao Brasil e comentou sobre o projeto com o amigo e poeta Carlos Drummond de Andrade. Quinze dias depois, Cassiano recebeu uma correspondência de Drummond com o convite: ir para Brasília. A negociação foi costurada pelo escritor Cyro dos Anjos, que morava na nova capital do país e conseguiu uma vaga de professor na Universidade de Brasília. Já estávamos em pleno regime militar, mas Cassiano se aclimatou plenamente á aspereza do planalto e se tornou brasiliense. A obra poética de Cassiano Nunes acaba de ser publicada sob o título Poesia -Obra reunida (Ed. Thesaurus), com organização da professora Maria de Jesus Evangelista.<br /><br />A professora Maria de Jesus Evangelista situa a poesia de Cassiano na tradição da lírica tradicional portuguesa e na tradição modernista brasileira. Ela é guardiã do acervo de mais de 17 mil obras da biblioteca do poeta, doados à Universidade de Brasília, organizadas no Espaço Cassiano Nunes, situado no subsolo da Biblioteca Central da UnB: ;Esse acervo representa não só a vivência de um grande intelectual devotado às letras, mas também à documentação de um grupo importante de intelectuais modernistas do início do século 20;, comenta Maria Evangelista.<br /><br />Cassiano era amigo de Oswald de Andrade, de Mario de Andrade e de Carlos Drummond de Andrade e de Mario da Silva Brito, o mais importante historiador do movimento. Cresceu e conviveu com duas gerações brilhantes do modernismo brasileiro e, ao mesmo tempo: ;Ele tem impregnado em sua essência essas duas tradições;, comenta Maria Evangelista. ;Ao mesmo tempo ele cria o código da poesia cassianaina, subjetiva, existencial e experimenta também as formas de expressão do verso na língua portuguesa. Ele domina com a maior naturalidade as suas influências e cria um estilo próprio. Desligava-se de quaisquer peias de estilos ou novidades. Ele tem uma poética singular. Cassiano tem uma pequena, porém densa, fortuna crítica. Mas a poesia dele é excelente e ainda está à espera que os grandes críticos reconheçam o seu valor;.<br /><br />Busca da linguagem<br />Em profissão de fé, Cassiano discorre sobre a busca de uma voz própria na poesia, dividida entre a tradição parnasiana, a romântica, a portuguesa tradicional e a modernista: ;Eu sempre fui poeta embora sem saber/pois, no momento da inspiração,/Queria vestir a Musa à maneira romântica,/e., dura, ela repelia a saia-balão./Eu sempre fui poeta, mas com tão pçouco jeito/que no instante do paroxismo/deixava cair no chão o catamartelo/e quebrava o marmor do parnasianismo.; No entanto, aos poucos, ele entra em sintonia e consegue falar com a própria voz: ;Mas ao usar a minha própria linguagem,/vi, nítida, a Beleza no pátio do Dia/desde então, cada ideia que tenho é uma imagem/e cada canção é a Poesia!&rdquo;.<br /></p><p class="texto">A matéria completa está disponível<a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/ciencia/2016/04/05/interna_ciencia,202630/bolso-vazio-corpo-dolorido.shtml"> </a><a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvZGl2ZXJzYW8tZS1hcnRlLzIwMTYvMDQvMDkvaW50ZXJuYV9kaXZlcnNhb2VhcnRlLDIwMzA2My9wb2V0YS1kYS1kZWxpY2FkZXphLWV4dHJlbWEuc2h0bWwiLCJsaW5rIjoiaHR0cDovL2ltcHJlc3NvLmNvcnJlaW93ZWIuY29tLmJyL2FwcC9ub3RpY2lhL2NhZGVybm9zL2RpdmVyc2FvLWUtYXJ0ZS8yMDE2LzA0LzA5L2ludGVybmFfZGl2ZXJzYW9lYXJ0ZSwyMDMwNjMvcG9ldGEtZGEtZGVsaWNhZGV6YS1leHRyZW1hLnNodG1sIiwicGFnaW5hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsIm1vZHVsbyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9wayI6IiIsImljb24iOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwiaWRfdHJlZWFwcCI6IiIsInRpdHVsbyI6IiIsImlkX3NpdGVfb3JpZ2VtIjoiIiwiaWRfdHJlZV9vcmlnZW0iOiIifSwicnNzIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIifSwib3Bjb2VzIjp7ImFicmlyIjoiX3NlbGYiLCJsYXJndXJhIjoiIiwiYWx0dXJhIjoiIiwiY2VudGVyIjoiIiwic2Nyb2xsIjoiIiwib3JpZ2VtIjoiIn19">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://assine.correiobraziliense.net.br/">aqui.</a> </p>