<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/03/27/524189/20160326144806585265a.JPG" alt="O ex-DJ coleciona vinis: o acervo começou em 1960" /> </p><p class="texto"> </p><p class="texto">O carioca Mário Luiz Vieira Guerrera, conhecido como Mário Beethoven, é considerado um dos primeiros DJs de Brasília. O amor pela música está representado por um acervo de mais de 27 mil LPs com coleção iniciada nos anos 1960. Beethoven começou a frequentar a vida noturna cedo: antes dos 20 anos visitava as icônicas boates do Gilberto Salomão, período em que aprendeu a discotecar escondido dos pais.<br />A partir de 1976, ele se consagrou como DJ residente nas boates Kako, em 1975 e L;escalier, até 1989. O profissional, que trabalhou na noite brasiliense até 1999, vislumbra nas novas gerações uma possibilidade de resgate do vinil apesar da digitalização da indústria fonográfica. Em entrevista ao Correio, Beethoven falou sobre a relação do público com a música em diferentes décadas além das transformações vividas<br />pela cidade.</p><p class="texto"> </p><p class="texto"><strong>Como surgiu o apelido Beethoven?</strong> <br />Estudava no pré-vestibular do Marista, na Asa Sul. Durante uma aula, um colega fez um desenho meu. Eu tinha os cabelos bem bagunçados iguais aos do compositor. Aí, o apelido pegou e como achei sonoro mantive esse nome profissionalmente.<br /><br /><strong>No serviço de streaming, o público tem a opção de ouvir apenas uma faixa do artista. Você acha que essa tecnologia prejudica a compra de um disco justificada pelo conceito de uma banda, por exemplo?</strong><br />Sim. Até o conceito do single se perdeu. Antigamente, quando as pessoas compravam o single, elas queriam muito além da música. Estavam atrás da foto do artista na capa. Não compravam apenas o disco, mas sim toda a arte gráfica envolvida no produto. Encarte, capa dupla. Tudo isso contava na hora de escolher o bolachão. O disco vinha lacrado e tinha um cheiro específico. Existia um envolvimento das pessoas no momento da compra. Infelizmente, isso se perdeu.<br /><br /><strong>E qual é o impacto do streaming para o artista?</strong><br />O artista hoje em dia vive de shows. Pra vender um show, você tem que se tornar famoso. Há alguns anos para ter visibilidade era preciso ter uma música tocando no rádio. Nos anos 1970 e 1980, as bandas seguravam os LPs e divulgavam singles. Os álbuns tinham uma sobrevida muito maior. As rádios faziam uma lavagem cerebral: tocavam constantemente uma faixa e depois trocavam para outra. Os discos duravam um ano e quase todas as músicas eram tocadas nas rádios. O álbum Jorge Ben, gravado em 1969; e Calango, do Skank, tocaram praticamente todas as faixas no rádio. Isso aconteceu até metade da década de 1990.</p><p class="texto"> </p><div>A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/diversao-e-arte/2016/03/26/interna_diversaoearte,201623/viagem-ilustrada.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://assine.correiobraziliense.net.br/">aqui</a>. <br /></div><p class="texto"> </p>