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A água é como um filme para artista chilena Patricia Claro. Sobre a superfície, ela enxerga o reflexo de mundo que traz para a pintura. É de observar o fenômeno físico da refração da luz na transparência da água que Patrícia criou as obras de Formas d;água ; Integração por dispersão, em cartaz a partir de hoje no Museu da República. Desde 2007, quando se formou em artes depois de anos dedicada a uma carreira no desenho, ela pesquisa as possibilidades pictóricas de dois componentes da natureza muito particulares.
Sem forma definida e sem cor certa, água e luz andam juntas quando se trata de formação de imagens abstratas. A mecânica dessa combinação é o material de trabalho de Patrícia, uma maneira bem poética e contemporânea de se aproximar da paisagem. Ela traduz o estudo da superfície da água, de sua profundidade, da maneira como a luz reflete e desenha as sombras para uma técnica que chama de ;máscara;. Com tinta a óleo e pincel, Patrícia transporta para a tela as paisagens e imagens refletidas na superfície líquida.
É um trabalho lento e gradual, que começa com inúmeras caminhadas e observações de lagos, rios, mares, nascentes, cachoeiras, qualquer lugar no qual haja água em estado mais natural possível. A artista começou no sul do Chile e já passou por, pelo menos, três continentes. De todos eles, ela leva amostras de imagens e observações que podem, futuramente, render uma pintura. No Brasil, o Mato Grosso forneceu muito material. Em Brasília, Patrícia visitou Águas Emendadas. ;A água atua como um filme que imprime imagens a cada instante, é um cenário que está em movimento, sempre mudando, então busquei uma técnica para tentar fazer um recorte das figuras que se imprimem nesse filme que é superfície da água;, explica.
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Formas D;Água ; obras da artista chilena Patrícia Claro
Exposição de Patrícia Claro. Visitação até de 24 de abril, de terça a domingo, das 9h às 18h30, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República
Conjunto Cultural (Esplanada dos Ministérios)