<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/03/19/522992/20160318184436893088e.JPG" alt="Irene Atienza e Douglas Lora fazem releituras de clássicos latinos" /> </p><p class="texto"> </p><p class="texto">Pode parecer óbvio para a espanhola Irene Atienza, mas não é assim tão natural para um ouvido brasileiro encontrar as correspondências entre o samba e a música flamenca. Filha e neta de cantores, nascida em Santander, no norte da Espanha, e desde pequena íntima dos boleros e canções flamencas típicas do país, ela desembarcou no Brasil há três anos trazida pelo fascínio incontrolável pela música brasileira. Depois de formar um duo com o violonista Douglas Lora e tocar em casas pequenas de São Paulo, Irene chega a Brasília para lançar Parcerias, disco com repertório de música brasileira e latino-americana gravado com Douglas. Os dois fazem show às 21h no Clube do Choro para mostrar o resultado de uma pesquisa que valoriza a voz grave e rouca de Irene.<br /><br />Gravado em Brasília, no estúdio de Dudu Maia, Parcerias resulta de um perfeito equilíbrio entre a voz de Irene e os arranjos de Douglas, integrante do Brasil Guitar Duo ao lado de João Luiz. A espanhola não tenta cantar samba com arranjos de música flamenca, mas empresta a faixas como Samba em prelúdio (Baden Powell/Vinicius de Moraes) e Último desejo (Noel Rosa) um sotaque e uma empostação típicos de suas origens musicais. O resultado é muito delicado e bem desenhado pelos arranjos de Douglas, que são simples e econômicos. ;Nossa intenção é nos aproximarmos do momento da criação das músicas, que nascem com um violão e uma voz. A gente tira os artifícios e fica só com a essência da música. É nossa proposta;, explica a cantora.<br /><br />A pesquisa de música brasileira começou há 10 anos, em Barcelona, onde Irene morava antes de se mudar para o Brasil. Lá, ela conheceu o grupo brasileiro Saravacalé, com quem pesquisou os ritmos brasileiros. Ouviu muito Chico Buarque e Vinicius de Moraes, se empanturrou dos afro-sambas, e ficou surpresa com o forró dançado em par. ;Sou muito encantada por esse tema no Nordeste, da seca e do sofrimento do povo nordestino. Eu me identifiquei muito com o forró. É um gênero dançante, que na Espanha não tem mais, essa coisa de dançar junto. Achei de uma poesia muito grande as pessoas dançando junto;, conta.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://publica.impresso.correioweb.com.br/page,274,41.html?i=200591=da_impresso=da_impresso_130686904244"><font color="#ff0000">aqui</font></a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php"><font color="#ff0000">aqui</font></a>. </p><p class="texto"> </p>