Não é novidade de que o cinema tem como recurso constante as adaptações literárias, mas, nos últimos anos, a sétima arte tem se apropriado cada vez mais das obras cultuadas pelo público jovem. Dessa forma, se tornaram sucessos de bilheteria títulos como Harry Potter e Jogos vorazes, ambas produções que tiveram inspirações nos livros de J.K. Rowling e Suzanne Collins, respectivamente.
Essa tendência tem se destacado principalmente nos gêneros que investem em tramas distópicas e apocalípticas. Em novembro do ano passado, o filme Jogos vorazes exibiu o quarto e último longa da saga, que girava em torno de uma sociedade comandada por regime firme da Capital sobre 12 distritos, que a cada ano deveriam sacrificar dois jovens para disputar os chamados Jogos vorazes, que tinham a intenção de ;manter a paz; (a dinastia da Capital), com a sobrevivência de apenas um participante.
[SAIBAMAIS]Com o fim da história criada por Suzanne Collins, o filão da distopia no cinema ficou disponível para outras franquias. Para ocupar essa vaga, a disputa ficou entre as séries Divergente, Maze runner e a novata A 5; onda. ;Acho que a união da imaginação com o real é o que atrai o público mais jovem a consumir tramas de distopia. Normalmente, as histórias possuem uma crítica que pode se encaixar bem na realidade atual. E isso desperta o lado crítico;, define a estudante de letras Julyanna Rodrigues, 22 anos, que gosta de produções como Divergente, Jogos vorazes, 1984 e A filha da floresta.
Uma das fortes candidatas a vaga de Jogos vorazes é a série Divergente, que teve o terceiro filme da saga ; intitulado Série Divergente: Convergente ; lançado na semana passada nos cinemas. O primeiro filme teve arrecadação de US$ 145 milhões e receitas de US$ 120 milhões por Insurgente, segundo longa. A saga é baseada na trilogia escrita por Veronica Roth, que retrata uma Chicago futurista em que a sociedade é dividida em facções (Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição), que desempenham funções diferentes dentro da comunidade. Ao completar 16 anos, cada pessoa passa por um teste de aptidão e deve escolher onde se encaixará na sociedade.
Divergente: Convergente já mostra que a sociedade que vive em Chicago não passa de um experimento para tentar trazer de volta o gene original dos seres humanos, que foram modificados e causaram a destruição mundial. O longa dirigido por Robert Scwentke tem no elenco nomes como Naomi Watts, Octavia Spencer, Miles Teller, Shailene Woodley e Theo James. ;Gosto de distopia por ter sempre um pouco de verdade. Em Divergente, o que me atraiu primeiro foi essa cidade fictícia e a questão de como seria lidar com a intolerância, algo que acontece no nosso dia a dia. É uma série muito boa, mas que depois não teve o resultado esperado por ter perdido a essência deixando a questão da intolerância de lado;, completa Julyanna Rodrigues. O último filme, que se chamará Ascendente, estreia em junho de 2017.
Confira uma lista com tramas que fazem sucesso com o público jovem
Divergente
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Jogos vorazes
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Crepúsculo
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A 5; onda
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Maze runner
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