Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

'Zé do Caixão', chega aos 80 anos sem planos de se aposentar

Apesar dos sustos com a saúde, José Mojica Marins comemora o momento de comunhão com a família e de boas perspectivas profissionais

De dois anos para trás, vieram os sustos: José Mojica Marins, artista que dá vida ao popular Zé do Caixão, acumulou dois infartos. Na vida real, o cineasta fez jus à corrente em que acredita, como diz em entrevista ao Correio: ;A pessoa vai cair, mas tem que prosseguir ; cai, levanta, e bola pra frente;. Sem as garras grandes ; na verdade, unhas postiças de silicone ;, Mojica comemora, hoje, a entrada na estrada dos 80 anos. Conservando na mão, que vai erguer taça de espumante na celebração, a assinatura da unha descomunal restrita ao dedão, Mojica comemora o bom momento ; de comunhão com a família e de enorme distância para aposentadoria.

Nos últimos seis meses, a melhora de saúde vem num crescente. Como parou de fumar, o quadro é outro, para quem passou até quase cinco meses, entre UTI e semi-UTI. Atenta às três sessões semanais de diálise do pai, a atriz e diretora Liz Marins é quem confirma: ;Olhando ele, lembramos muito de uma fênix;. A lida, no dia a dia, com medicamentos muito fortes, claro, impõe certos cuidados, e um deles é o da moderação nas exposições públicas (leia-se, até entrevistas). Por isso, foi Liz quem intermediou a conversa com o ícone agora octogenário.

Sem esconder o agrado por paparicos, Mojica elege, entre as experiências marcantes na carreira, justo o carinho do público. ;É bom quando o povo todo dá o reconhecimento ao teu trabalho, num plano geral, independente de nicho;, comenta. O momento, em contrapartida, é de gratidão e altruísmo. O astro de cinema tem dado valor a quem sempre o ajudou, enquanto repassa a vida que ele mesmo planeja descrever em memórias. ;Tem coisas que nem fãs têm a menor ideia;, pontua.

De conhecimento público são fases superadas, como a do alcoolismo e da jogatina para a qual o ator perdeu até mesmo bens, como a casa da mãe. O retrospecto, porém, trata de pregar peças, como a do retorno da ex-mulher, por mais de 20 anos, a editora e secretária Nilcemar Leyart, numa retomada amorosa há pouco mais de ano. Sete filhos e quatro esposas no currículo dão lastro à ;simultaneidade de amores; sempre existente na vida do criador de Zé do Caixão, como ressalta a filha Liz, que completa, entre risos: ;Nunca faltou mulher para ele;. Casamento pra valer é com o sobrenatural que, na avaliação de Mojica, ;existe, mas é para pessoas destinadas a entrar em contato com ele;.

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