Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Projeto 'Já chegou quem faltava' celebra o samba e canções clássicas

O grupo comandará a 10ª roda, que terá como temática uma homenagem à escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira


Em 2016, o projeto Já chegou quem faltava completa um ano de existência com rodas de samba no Círculo Operário do Cruzeiro. Amanhã, o grupo comandará a 10; roda, que terá como temática uma homenagem à escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira, vencedora do carnaval 2016 com o samba-enredo Maria Bethânia ; A menina dos olhos de Oyá, que fazia um tributo à cantora Maria Bethânia e sua relação com a religiosidade.

Essa será a primeira de muitas rodas que serão dedicadas às agremiações pioneiras do carnaval carioca. ;Já estávamos querendo fazer uma edição comemorativa das escolas pioneiras. Começamos pela Mangueira, por ter sido a campeã deste ano;, explica João Peçanha, um dos integrantes do projeto.

A roda terá um bloco inteiro dedicado a sambas-enredos da verde e rosa e também às músicas de compositores consagrados pela Mangueira, como Nelson Cavaquinho, Cartola, Xangô da Mangueira, Carlos Cachaça, Padeirinho, Zagaia, Zé Ramos e Gradim. Nos outros momentos, o grupo entoará sambas clássicos de outras escolas, como costuma ser feito no evento. A decoração ganhará ares mangueirenses, com estandartes com imagens dos compositores consagrados pela agremiação e com alguns versos clássicos dos sambistas.

Iniciativa

Criado no ano passado, o projeto Já chegou quem faltava se inspirou em um samba-enredo da Portela homônimo escrito por Nilson Gonçalves (confira a letra no quadro). ;O nome é um trocadilho que tem na música da Portela e se tornou o nosso hino. A gente sempre canta esse samba, que é bem conhecido. E brincamos que nós chegamos trazendo esse formato de grande roda acústica, que tem em outras cidades, para Brasília;, comenta Peçanha.

Além de trazer a cultura da roda de samba, o grupo Já chegou quem faltava investe em resgatar sambas-enredos que ficaram esquecidos ou que não costumam ser muito tocados nos eventos do estilo musical. ;Quando a gente começou o projeto, tinham algumas pessoas que questionavam a gente, se conseguíriamos um público porque a gente apresenta muitas canções que tem gente que não conhece. Mas esta é a nossa missão: celebrar os sambas que forma deixados de lado;, completa.

Atualmente, o projeto é formado por João Peçanha (violão 6), Breno Alves (pandeiro), Camyla Hendrix (pandeiro), Dieho Pedigree (Cavacolim), Dudu Hermogenes (cavaquinho), Felipe Victório (tamborim), Fernando Meira (violão 7), Gabi Tunes (flauta), George Guterres (Reco), Janaína Silva (pandeiro), Natália Carvalho (cavaquinho), Pirulito (cuíca), Rodolfo Miguel (surdo), Thaís Siqueira (tamborim), Valério Gabriel (repique de anel), Vini Quintanilha (tamborim) e Wendel Borges (pandeiro).