Diversão e Arte

Obra de Mario de Andrade e de Lina Bo Bardi são reeditadas pelo Iphan

A atualidade de dois humanistas entrará em debate e acontece hoje na Caixa Cultural

Nahima Maciel
postado em 08/03/2016 07:00

Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista

Mario de Andrade e Lina Bo Bardi não faziam parte de uma mesma geração, mas, de alguma forma, são personagens fundamentais para o patrimônio brasileiro. Mario, como autor, mas também como pensador da cultura tupiniquim e da necessidade de preservá-la; Lina como a grande humanista da arquitetura nacional. Os dois são tema de um debate, hoje, na Caixa Cultural, que reúne Jurema Machado, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); as professoras Angélica Madeira e Mariza Veloso, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília (UnB); e o arquiteto Marcelo Ferraz, para falar sobre patrimônio imaterial e a obra dos dois artistas.


O debate faz parte da programação da exposição Patrimônio Imaterial Brasileiro ; A Celebração Viva da Cultura dos Povos, em cartaz na Caixa. Durante o evento, também serão lançadas uma caixa com seis livros sobre as obras mais importantes da arquiteta, organizados por Marcelo Ferraz, e uma reedição de O turista aprendiz, de Mario de Andrade.
No livro, um clássico da literatura brasileira, o autor modernista faz um diário, um registro da viagem etnográfica empreendida pela Amazônia e pelo Nordeste entre 1927 e 1929. Reeditada pelo Iphan, a obra encorpou e ganhou notas, comentários e documentos, além de imagens e um CD com fotografias que ilustram a viagem do escritor. Para completar, um encarte traz DVD com o documentário A casa de Mário.


O Iphan decidiu investir na reedição comentada da obra depois de constatar que, apesar das inúmeras celebrações feitas a Mario de Andrade na última década ; ele foi o homenageado da Festa Literária Internacional de Paraty em 2015 ;, O turista aprendiz estava esgotado e há muito não era reeditado. No DVD, o Iphan incluiu as mais de 900 fotos realizadas pelo escritor durante a viagem. O livro, lembra Luiz Philippe Perez Torelly, um dos diretores do Iphan, foi fundamental para que Mario criasse, mais tarde, o Anteprojeto de Preservação do Patrimônio Artístico Nacional a pedido de Gustavo Capanema, então Ministro da Educação e da Saúde.


A Coleção Lina Bo Bardi já havia sido publicada por uma editora portuguesa nos anos 1990 e volta agora reeditada pelo Iphan com novos textos e fotografias. Seis projetos, considerados por Marcelo Ferraz como os mais importantes da arquiteta, ganharam um livro cada um. Estão lá a Casa de Vidro, o Teatro Oficina, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e os três eleitos por Ferraz como os mais significativos do pensamento da arquiteta: o Solar do Unhão, na Bahia, o Sesc Pompeia, em São Paulo, e a Igreja Espírito Santo do Cerrado, em Uberlândia.

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