A cerimônia da 88; edição do Oscar ficou marcada pela questão racial. A polêmica começou antes mesmo do domingo, quando foi notada a ausência de negros indicados nas categorias da premiação. Como forma de tentar reparar a situação ; sem muito sucesso ; a premiação não se esquivou da polêmica. Ao contrário, acabou criando ainda mais ao colocar um discurso totalmente contraditório na boca do humorista Chris Rock, que ora tecia críticas à academia, ora desvalorizava o boicote de seus colegas negros. E até, em alguns momentos, se mostrou politizado com a hashtag #Oscarsowhite (Oscar tão branco, em tradução livre).
Logo no início da premiação, durante um monólogo, Rock chamou o Oscar de ;prêmio dos brancos;, assumiu que Hollywood era racista e, ao mesmo tempo, criticou os atores que decidiram não comparecer a premiação, justificando seu motivo de estar lá. ;O boicote de Jada (esposa de Will Smith) ao Oscar é o mesmo que eu boicotar a calcinha da Rihanna. Eu não fui convidado;, falou.
Se houve sarcasmo em relação à questão racial, em alguns momentos, Chris Rock proferiu discursos relevantes, como quando lembrou que o Oscar esqueceu os negros em 71 edições e pediu mais chances para os atores. ;Queremos oportunidades. Queremos que os atores negros tenham as mesmas oportunidades que os brancos. É isso;. A incoerência constante em seu discurso criou um constrangimento tanto para os presentes, quanto para quem assistia a cerimônia em casa.
Chris Rock ainda criou polêmica com outras minorias. Criticou as atrizes que reclamam de serem perguntadas apenas sobre seus vestidos em entrevistas e quase fez mais estrago, mas preferiu não fazer piadas com a classe LGBT, após discurso politizado do cantor Sam Smith, que venceu o Oscar de melhor canção original por Writing;s on the wall, de 007 contra Spectre, que se disse feliz por ser o primeiro gay assumido (apesar, de isso não ser bem verdade) a ganhar a estatueta.
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