Na história de pano de fundo, o personagem é conhecido como ;o homem que não pode morrer; não por ser imortal, mas pelo fato de os atos heroicos serem passados adiante a cada geração. Há, portanto, não um, mas vários Fantasmas. O primeiro deles teria surgido em 1536, quando o pai do marinheiro britânico Christopher Walker foi morto em um ataque de piratas. O impulso de vingança o levou a caçar os assassinos e a dar início ao legado do herói. Sem superpoderes, o Fantasma confia na combinação entre força e inteligência para lutar contra o mal, estratégia semelhante à adotada por figuras fictícias surgidas posteriormente, como James Bond (de Ian Fleming, em 1953) e Jason Bourne (de Robert Ludlum, em 1980). As aventuras são ambientadas na fictícia Bengala, um território africano.
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Para o editor-chefe do portal Universo HQ, Sidney Gusman, considerado um dos maiores especialistas em quadrinhos no Brasil e autor de livros como 100 respostas sobre super-heróis, o Fantasma perdeu espaço por se tratar de um personagem isolado. ;Ele foi engolido pelos super-heróis por não ter um universo em torno [como a Liga da Justiça e Os Vingadores]. O Batman, por exemplo, também não tem poderes, mas pertence a um universo. Já o Fantasma faz parte de um mundo fantástico, cheio de mistérios, então os leitores das novas gerações deixaram de falar com ele, de se identificar. É uma pena ter deixado de ser publicado no Brasil e nos Estados Unidos (o berço dele), pois o personagem é incrível;.
Entre os apreciadores de quadrinhos, há certa confusão quando o assunto é a cor do uniforme do herói de Lee Falk. Boa parte dos leitores brasileiros (assim como os italianos e espanhóis), sobretudo os mais antigos, deve lembrar de um Fantasma todo vermelho. Na Escandinávia, por exemplo, o herói tem as vestes azuis. Já na Nova Zelândia, o uniforme é marrom. No resto do mundo, roxo. A aparente confusão remonta à primeiras publicações de tirinhas coloridas do mascarado, em 1939, três anos após o surgimento da estreante (em preto e branco). Naquela época, cada jornal tinha condições de impressão distintas e, por isso, escolheu como vestir o herói. Além das roupas, o Fantasma carrega duas pistolas calibre 45 e tem como uma de suas marcas registradas um caveira.