<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/02/14/517607/20160212175049321158i.jpg" alt="A grande aposta detalha os bastidores da crise imobiliária americana que foi sentida em todo o mundo" /> </p><p class="texto">Termômetro da produção adulta de uma Hollywood agrilhoada a franquias teen de super-heróis, o Oscar está acostumado a ter entre seus pretendentes filmes pautados pela desilusão, pela desesperança e pela denúncia. Mas raras vezes ; ponha aí 40 anos cravados ; a autocrítica e o senso de falência moral guiou tanto a cerimônia anual da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA quanto se vê na festa de 2016, na qual parece difícil até apontar ;o; favorito.<br /><br />Por mais que a queixa de racismo alardeada por Spike Lee e Will Simth (para muitos uma desculpa para o fato de ambos terem sido esnobados nas indicações) possa sugerir uma miopia ética, o protesto guia a briga pela estatueta dourada hollywoodiana. O sentimento de ;Basta, América!&rdquo; alimenta os dois títulos mais cotados, de um lado a crônica sobre a crise econômica A grande aposta, de Adam McKay; do outro, o grito de desespero da imprensa escrita chamado Spotlight ; Segredos revelados, de Tom McCarthy.<br /><br />E percebe-se a mesma saturação e azia política em dois dos longas-metragens de maior bilheteria entre os candidatos ao prêmio máximo ; e únicos que realmente merecem o rótulo de obra-prima ; da festa: O regresso, do mexicano Alejandro González Iñárritu, e Mad Max: Estrada da fúria, de George Miller. Há exatamente quatro décadas, na edição de 1976, foi a última vez em que o Oscar se deixou embebedar no fel do desconforto.<br /><br /><strong>Angústias</strong></p><p class="texto"> </p><p class="texto">Naquele ano um cheiro de pólvora perfumava todos os concorrentes: Barry Lyndon, de Stanley Kubrick; Um dia de cão, de Sidney Lumet; Nashville, de Robert Altman; Tubarão, de Steven Spielberg; e (o vencedor) Um estranho no ninho, de Milos Forman. Era um momento de conciliação entre novas práticas narrativas e velhas angústias sociopolíticas que enfim ganhavam voz. O mesmo se repete neste ano em que os estúdios americanos foram buscar fora de suas fronteiras promessas de renovação de linguagem, como é o húngaro László Nemes, favorito ao Oscar de filme estrangeiro com O filho de Saul, cuja técnica de filmar, colada ao corpo dos atores, introduz uma nova mecânica.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvZGl2ZXJzYW8tZS1hcnRlLzIwMTYvMDIvMTQvaW50ZXJuYV9kaXZlcnNhb2VhcnRlLDE5NzE4OC9hLWVyYS1kYXMtaWx1c29lcy1wZXJkaWRhcy5zaHRtbCIsImxpbmsiOiJodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvZGl2ZXJzYW8tZS1hcnRlLzIwMTYvMDIvMTQvaW50ZXJuYV9kaXZlcnNhb2VhcnRlLDE5NzE4OC9hLWVyYS1kYXMtaWx1c29lcy1wZXJkaWRhcy5zaHRtbCIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9zZWxmIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9fQ==" target="blank">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php" target="blank">clique aqui</a>. </p>