Um dia, a pintora Gerda Wegener faz um pedido ao marido, o também artista plástico Einar Wegener. Como a modelo que estava posando para Gerda havia faltado ao encontro, ela gostaria que Einar vestisse as roupas femininas para substituí-la durante a sessão de pintura. Dessa forma, ela poderia continuar o trabalho e a encomenda não atrasaria. Einar topa e, desde esse pequeno fato, algo muda em suas vidas. E de maneira radical. Einar passa a se sentir fascinado pelas roupas da mulher, até desenvolver o que seria uma nova personalidade feminina, que batiza com o nome de Lili.
Leia mais notícias em Diversão e Arte
A história é verídica, envolve o casal de artistas plásticos dinamarqueses Gerda e Einar Wegener, e tem início na Copenhague dos anos 1920. É tema do filme A Garota Dinamarquesa, de Tom Hopper, com quatro indicações para o Oscar: Eddie Redmanyne, como Einar, para melhor ator, Alicia Vikander como Gerda, para atriz coadjuvante, além de figurino e design de produção. O filme estreia no Brasil nesta quinta-feira (11/2).
A Garota Dinamarquesa tem despertado interesse, pois fala de um dos primeiros casos conhecidos de cirurgia para mudança de sexo em um transgênero. Mas nem tudo é unanimidade. Baseado no livro homônimo de David Ebershoff, o filme vem sendo acusado de romantizar e adocicar a história original, que teria sido muito mais dura para seus protagonistas do que a versão colocada na tela por Tom Hopper. Além disso, grupos LGBT se queixam de que uma pessoa transgênero, como Einar/Lili tenha sido interpretada por um ator cisgênero. O neologismo designa pessoas que se reconhecem como pertencendo ao gênero que foi designado ao nascer.