Morreu nesta sexta-feira (29/01) o diretor francês Jacques Rivette, aos 87 anos. Ainda não foi divulgado o motivo de sua morte.
Nascido em 1926, de nome verdadeiro Pierre Louis Rivette, começou a sua carreira como assistente de realizadores consagrados, como Jean Renoir e Jacques Becker. Colaborou nos célebres "Cahiers du Cinéma", onde também participava François Truffaut, Claude Chabrol e Eric Rohmer, e foi um dos pais da Nouvelle Vague, movimento que marcou a cinematografia francesa dos anos 60.
A seu primeiro longa-metragem, Paris Nous Appartient (1960), ficou conhecido por uma complexidade narrativa que viria a marcar a filmografia futura de Rivette. Seguiu-se a sua obra mais célebre: La Religieuse (1966), uma drama psicológico sobre uma jovem que é torturada em diferentes conventos, não abdicando porém da sua fé. Proibido na altura da sua estreia devido ao seu teor profundamente anticlerical, só a intervenção de Charles De Gaulle e a pressão do meio intelectual fez com que o filme fosse exibido comercialmente no ano seguinte, tendo sido um sucesso de bilheteira.
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Outras obras controversas como L;Amour Fou (1968), com quatro horas de duração, e a comédia surrealista Céline et Julie Vont en Bateau (1974), sobre uma bibliotecária que é arrastada para um mundo de fantasia, também marcou a carreira de Ribette.
Veja uma cena de L;Amour Fou:
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Ao longo de sua carreira, Jacques Rivette recebeu diversos prêmios, incluindo em em 1989 o Prêmio Fipresci do Festival de Berlim com La Bande des Quatre e o Grande Prêmio do Júri de Cannes em 1991 com La Belle Noiseuse, um filme com Michel Picoli e Jane Birkin.