Há muitas questões implícitas nas sensações de repulsa e atração causadas pelas obras, mas talvez a mais importante seja a reflexão sobre o diálogo da condição humana com o domínio da tecnologia. E as crianças que povoam os trabalhos de Patricia estão lá para facilitar a percepção. Não há nada de didático, a artista avisa, mas há, sim, um desejo explícito de refletir sobre a capacidade de aceitação da diversidade.
Nascida em Serra Leoa em 1965, a artista de 50 anos cresceu na Austrália, de onde veio o também hiper-realista Ron Mueck, cujas esculturas foram vistas por mais de 402 mil pessoas em 2015, em São Paulo. Mas a técnica nem sempre habitou o ateliê de Patricia. Foi no início dos anos 1990 que ela começou a trabalhar com o hiper-realismo escultórico.
;Decidi que não queria me limitar a um meio em particular, porque estou interessada, principalmente, em ideias;, garante a artista, que já trabalhava com fotografia, pintura e desenho. Essas técnicas continuam a fazer parte do universo dela, já que todas as esculturas começam com um desenho, mas foi com as esculturas que o nome da australiana ganhou o mundo.
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