Pelas mãos do músico e artesão Juraci Moura, os instrumentos e timbres sonoros ganham uma roupagem sustentável para o meio ambiente e inusitada para a cultura musical. Com a proposta de trazer um som forte, que lembra o soar dos tambores africanos, e limpo, por não ter os ruídos de plásticos industriais, Juraci confecciona pandeiros, alfaias, zabumbas e outros instrumentos com papel de embalagem do cimento. ;Procuro buscar a sonoridade dos instrumentos orgânicos de forma ecológica;, explica.
Há 10 anos em Brasília, Juraci, baiano de Galheiros, começou o trabalho artesanal em 2011, mas antes disso ministrava oficinas de pandeiro no Mercado Sul de Taguatinga e em escolas públicas do Distrito Federal. ;A capoeira que me introduziu na música, desde o pandeiro até o berimbau, mas com o tempo a capoeira foi ficando na parte da luta e eu fiquei na parte da música;, comenta o artista.
Ao chegar à capital, ele começou a estudar música ; primeiro no Centro Miguel Magone, depois no Clube do Choro ; e foi nesses primeiros anos de estudo que despertou a paixão para a arte. ;Com o tempo, vi que precisava de mais conhecimento e tinha vontade de descobrir esse universo musical, que é muito grande;, acrescenta Juraci.
Hoje, com o instinto do batuque no pulso, o artista comanda a oficina Platinela, na qual ensina a confeccionar e a tocar instrumentos e também segue em frente com o projeto Som de Papel, com o qual pretende lançar um CD no fim deste ano.
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