;Podemos ser heróis, ao menos por um dia.; Estampada em ilustrações, correntes em redes sociais, fotografias ou imersa em meio a textos de despedidas, a mensagem de David Bowie na faixa Heroes ecoou pelo mundo desde que foi anunciada a morte do músico, na madrugada de domingo, vítima de um câncer descoberto há 18 meses. Pouco antes de morrer, o último perfil seguido pelo cantor no Twitter foi a conta @TheTweetofGod, que se passa por Deus na rede social de 140 caracteres. ;David Bowie foi o Deus que eu sempre quis ser;, comentou o criador do personagem ao saber do seguidor ilustre, que, com vida e obra nada perenes, continua comovendo milhares de pessoas pela partida que pegou de surpresa a mídia e o público.
O homem que abraçou o estranho e fez da música ferramenta de transformação social estava, há alguns anos, avesso a entrevistas. Não se sabe se foram os problemas de saúde, no começo dos anos 2000, ou a ideia de que a sua obra fala por si. A família tem se mantido reservada desde que as primeiras notícias do falecimento correram o planeta. Até o fechamento desta edição, informações sobre o funeral do artista não haviam sido divulgadas. Já sobre a causa da morte, especulada inicialmente como um câncer de garganta, surgiu uma importante versão. O diretor de teatro Ivo Van House (que, ao lado de Bowie, trabalhou no musical Lazarus, em Nova York) afirmou, em entrevista a uma rádio holandesa, que Bowie teria morrido de câncer no fígado. ;Ele me disse, mais de um ano e três meses atrás, que tinha um câncer no fígado, logo depois de ele mesmo ficar sabendo;, revelou. Segundo o artista belga, em um encontro com o britânico há algumas semanas, ele percebeu que seria a última vez em que o veria.
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