O diretor brasiliense José Eduardo Belmonte não segreda que achou inusitado o surgimento do primeiro convite para estrear uma obra na tevê aberta. Interpretado como uma ;série de gênero;, na ótica do diretor de núcleo de tevê José Alvarenga Jr., o longa-metragem Alemão se transformou numa série de quatro capítulos a ser apresentada, na Rede Globo, a partir de hoje, com o acréscimo no título de Os dois lados do Complexo. ;O filme, em si, era episódico: havia uma sequência de eventos que se sucediam, quase numa estrutura de game. Isso foi consciente, desde o roteiro. A cada etapa, existia algo a ser resolvido, em termos de cada personagem. Isso é algo muito usado, hoje em dia, em televisão. Alemão tem muitas viradas na história;, explica Belmonte.
Sucesso que atingiu quase 1 milhão de espectadores, quando da exibição nas telas, em 2014, Alemão chegará à televisão bem recauchutado, a partir de formato original já ;azeitado; para o meio. ;Optamos por alongar mais o enredo, para aproveitar mais a questão do realismo;, explica o cineasta, enfatizando a carga documental da obra que trata de eventos ligados à invasão das comunidades do Morro do Alemão, em 2010. ;Para a tevê, um filme bastante indoor, no espaço interno de uma pizzaria em que se abrigam policiais perseguidos, não correspondia exatamente as expectativas do público maior. Buscamos contextualizar mais ; o pessoal precisa ver o evento cinematográfico, saído da realidade, e que acontecia fora das quatro paredes em que se encontram os personagens;, observa.
Para a versão televisiva de Alemão, novos atores entram em cena: Eucir de Souza, na pele de um delegado, e Erom Cordeiro, uma espécie de imediato dele. Atores do filme original voltaram a filmar, passados três anos da realização do filme, com custo de produção assemelhado ao de um curta. Caio Blat, na trama, interpreta Samuel, um policial obcecado por confirmar a vocação para o posto e se descolar da influência do pai, delegado, interpretado por Antônio Fagundes.
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Sucesso que atingiu quase 1 milhão de espectadores, quando da exibição nas telas, em 2014, Alemão chegará à televisão bem recauchutado, a partir de formato original já ;azeitado; para o meio. ;Optamos por alongar mais o enredo, para aproveitar mais a questão do realismo;, explica o cineasta, enfatizando a carga documental da obra que trata de eventos ligados à invasão das comunidades do Morro do Alemão, em 2010. ;Para a tevê, um filme bastante indoor, no espaço interno de uma pizzaria em que se abrigam policiais perseguidos, não correspondia exatamente as expectativas do público maior. Buscamos contextualizar mais ; o pessoal precisa ver o evento cinematográfico, saído da realidade, e que acontecia fora das quatro paredes em que se encontram os personagens;, observa.
Para a versão televisiva de Alemão, novos atores entram em cena: Eucir de Souza, na pele de um delegado, e Erom Cordeiro, uma espécie de imediato dele. Atores do filme original voltaram a filmar, passados três anos da realização do filme, com custo de produção assemelhado ao de um curta. Caio Blat, na trama, interpreta Samuel, um policial obcecado por confirmar a vocação para o posto e se descolar da influência do pai, delegado, interpretado por Antônio Fagundes.
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