O responsável pelo maior mico da história do concurso também usou o Twitter para se explicar: ;Eu gostaria de pedir sinceras desculpas a Miss Colômbia e a Miss Filipinas pelo meu grande erro. Eu me sinto péssimo! Em segundo lugar, eu gostaria de pedir desculpas aos telespectadores por também ter decepcionado vocês. Novamente foi um erro honesto. Eu não quero jogar fora essa noite e esse desfile incríveis. Assim como as maravilhosas competidores. Elas foram todas incríveis;, escreveu Harvey.
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O assunto, claro, roubou a cena nas redes sociais e foi comentado por vários famosos. ;Ainda passada, tipo... Chocada! Coitada da Miss Colômbia!”, escreveu a modelo Fernanda Motta no Twitter. ;Que situação! Lamentável! Mico do ano!”, comentou a apresentadora Sônia Abrão. Até a atriz colombiana Sofia Vergara (apontada como sósia de Ariadna) soltou o verbo: "Rainha de qualquer maneira".
A 64; edição do concurso foi realizada em Las Vegas (EUA) e contou com mais de 80 concorrentes. A gaúcha Marthina Brandt, Miss Brasil, ficou entre as 15 melhores colocadas, mas deixou a competição depois do desfile de de traje de banho. O Brasil venceu a disputa em apenas duas ocasiões, em 1963 (Ieda Maria Vargas) e em 1968 (Martha Vasconcellos). Esta é a terceira vez que uma filipina ganha a coroa. As outras duas foram em 1969 e 1973.
Vencedora
Pia Alonzo Wurtzbach é praticamente uma celebridade nas Filipinas. Tanto que a torcida dela na internet quase derrubou o site do concurso do ar. Com 26 anos, é atriz e modelo. A nova Miss Universo nasceu em Stuttgart (Alemanha) e cresceu em Cagayan de Oro (Filipinas). Ela ficou conhecida no país como garota-propaganda de uma famosa marca de cosméticos. Ela ainda tem uma coluna de saúde num programa de TV e escreve sobre estilo de vida em um dos principais jornais de Manila, capital filipina.
Mudanças
Entre 2002 e 2015, o Miss Universo era organizado por meio de uma parceria entre a rede de televisão NBC e o empresário Donald Trump. Em julho deste ano, após os comentários de Trump com relação aos imigrantes mexicanos durante o lançamento de sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos em 2016, a emissora cortou todos os laços com o empresário, inclusive cancelando a transmissão dos concursos ligados a ele.
A saída de Trump da organização da disputa só fez bem à cerimônia, que ficou muito mais dinâmica, moderna e interativa. Pela primeira vez, o público funcionou como um dos cinco jurados, através de votos pela internet (um dos fatores para a vitória da filipina). Foi o público também que elegeu o prêmio de melhor traje típico (Tailândia). Na reta final, quando sobraram apenas as misses Filipinas, Colômbia e EUA, as outras 77 candidatas eliminadas também puderam votar em sua favorita - é provável que a colombiana tenha perdido aí, já que era apontada por muitos como antipática nas dinâmicas de grupo.
Antes, as candidatas só poderiam ter no máximo 25 anos. Nesta 64; edição, passou para 27 anos. Se fosse no regulamento anterior, a vencedora, Pia Alonzo, não poderia nem concorrer.
Antes padronizadas, as próprias candidatas puderam escolher os trajes de banho que iriam desfilar. A etapa das perguntas também foi mais diferenciada. Ao invés daquelas questões clichês, elas foram indagadas sobre discussões atuais em seus próprios países: a francesa foi perguntada como lidar com o terrorismo; a norte-americana sobre a política de armas; a australiana sobre a legalização da maconha; a colombiana sobre o combate às drogas; e a filipina sobre a presença de uma base militar norte-americana no território de seu país.
Num dos momentos mais emocionantes da noite, o público descobriu o drama da Miss Eslovênia, Ana Halozan. Durante os cerca de 20 dias em que as candidatas ficaram confinadas, participando de eventos e ensaios, a candidata desmaiou e ficou com um dos lados do corpo paralisado, sendo proibida pelos médicos de participar da cerimônia final. Mas Ana apareceu no palco numa participação especial e recebeu um buquê de flores da Miss Universo 2014, Paulina Vega.