Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Inhotim inaugura uma galeria para as fotografias de Claudia Andujar

Ela trabalha há quatro décadas com os índios


Foram necessários cinco anos para chegar à seleção de 400 imagens dispostas no pavilhão dedicado à obra de Claudia Andujar, inaugurado semana passada em Inhotim. Durante um longo processo de curadoria que envolveu pesquisa em material inédito, o curador Rodrigo Moura e a artista selecionaram um conjunto de imagens que narram a trajetória da fotógrafa junto à causa yanomami.

Num pavilhão projetado em piso único e erguido com tijolinhos, nascido de conceitos inspirados na arquitetura indígena, a coleção narra uma história de quatro décadas pela terra dos yanomamis. Inaugurada no último dia 24, com a presença do xamã Davi Kopenawa e da própria Claudia, a galeria é a 19; aberta em Inhotim preenche uma lacuna.

[SAIBAMAIS];Ela é uma das grandes artistas do período que Inhotim trata, uma das maiores artistas brasileiras trabalhando dos anos 1970 para cá;, explica o curador Rodrigo Moura. ;O recorte curatorial geral de Inhotim está muito atento a esse período e a esse lugar da arte produzida no Brasil a partir dos anos 1960, e ela é uma das maiores artistas em atividade nesse período.;

A causa indígena pautou toda a semana em Inhotim. Os yanomamis foram convidados para a abertura da exposição e um seminário reuniu, além de Kopenawa, outras lideranças indígenas e curadores de arte para refletir sobre a situação dos índios hoje no Brasil. Para Claudia, que nunca havia visto tantas imagens de sua autoria juntas em uma única exposição, o pavilhão pode ajudar a divulgar a causa.

;Acho que conseguimos fazer uma exposição bonita, que vai atrair as pessoas, mas com conteúdo, o que é muito importante;, disse a artista, durante a coletiva de apresentação para a imprensa. ;Para mim, é muito importante ter esse conteúdo aqui. Eu sei que, em Inhotim, vem gente do mundo inteiro, então com isso eles vão conhecer os yanomamis. E eles podem também colaborar, ajudar nessa luta. Espero que se crie um movimento maior do que sse tem hoje, um movimento mundial de interessados na vida dos yanomamis.;

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