Steven Patrick Morrissey, ou simplesmente Morrissey, é daqueles artistas controversos, sem papas na língua, que, com mais de 30 anos de carreira, conseguiu construir e manter um ar misterioso que fascina fiéis seguidores tanto da banda Smiths como de sua carreira solo. Em entrevista ao Correio, publicada no começo deste mês, o britânico de 56 anos mostrou um pouco da faceta provocadora ao falar sobre política, vegetarianismo, relacionamentos bissexuais, período celibatário, críticas à indústria fonográfica e diversos outros assuntos. Hoje, a partir das 20h, no NET Live Brasília, no entanto, as controvérsias ficam em segundo plano para dar lugar ao artista e sua obra, fonte do conteúdo mais valioso, duradouro e essencial a já sair de sua boca.
O show que o brasiliense verá hoje à noite faz parte da turnê do disco World peace is none of your business, o 10; da carreira solo. Lançado no ano passado, o trabalho representa uma espécie de retorno de Morrissey à sonoridade que o consagrou nos anos 1980 e começo da década de 1990. Além disso, o lançamento de uma bem recebida autobiografia em 2013 e uma aparente recuperação dos problemas de saúde ; pneumonia, úlcera, anemia, problemas na garganta, tratamento contra câncer no esôfago ;, que o fizeram cancelar shows e turnês durante a mesma época, ilustram o bom momento e um consequente aumento de interesse na fase atual de Moz.
A boa fase, aliás, talvez ajude a explicar uma possível ausência de nostalgia nas apresentações do cantor, ou seja, má notícia para quem vai ao show deste domingo esperando escutar sucessos de sua banda mais famosa. Em São Paulo, em 17 de novembro, primeiro show de Morrissey no país com a atual turnê, das 22 canções do repertório, apenas quatro eram dos Smiths.
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