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Até mesmo intimidades estão presentes na fita. Na base da ficção, o artista ; à época das filmagens ; se comprazia com as especulações literárias em torno de irmão que nunca conheceu (objeto do livro O irmão alemão). ;Numa dessas coincidências, o Chico estava escrevendo o livro. E o tema do nosso filme cobre um artista e sua imaginação ; com ecos de realidade e memória. No filme, se conta como Chico soube do fato, daquilo que ficou meio escondido, em família ; o fato de ele ter um irmão;, adianta o cineasta.
Um encontro, em imagem inédita de Chico com o irmão, está entre as maiores surpresas do filme. Um rompante detetivesco uniu o cantor do afastado irmão. ;Nessa história, tivemos tantos desdobramentos que renderiam até outro filme. Quando houve a indicação do encontro com o irmão, eu filmei;, explica Miguel Faria Jr. Somente quando a mãe de Chico Buarque morreu, em 2010, foram descobertas cartas expostas no filme.
O irmão de Chico teria parado num asilo, com um casal interessado na adoção. ;Nisso tudo, houve muitas perdas de informações, e o Chico fez quase trabalho de detetive. No asilo, quando adotaram o menino, puseram outro nome nele;, esclarece o cineasta. Toda a trama da genealogia de Chico foi vital para a narrativa. ;O processo de a imaginação (no caso, do livro) te devolver para a realidade é que ficou bem interessante. Isso era uma estrutura boa e que, no tempo presente, encerra começo, meio e fim;, analisa.
Diante de uma contradição, sugerida por Chico, que se diz mais da ala literária, apesar de se ver mais ;da turma da música;, o diretor esclarece: ;Acho que ele se refere a isso ; de haver muita panelinha entre os autores. O pessoal da música é mais descontraído. Não tem aquela coisa, entre aspas, de escritor;.
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