Aylê-Salassié Filgueiras Quintão, observador participante das atividades clandestinas da esquerda brasileira durante o período ditatorial, e lança hoje o livro Codinome Beija-flor.
Na obra, dividida em 13 capítulos, Aylê-Salassié relata a história de um jovem que, como muitos naquele período obscuro, largou a família, amigos e planos em favor de uma causa ideológica. Tornando-se guerrilheiro, passou a praticar atividades clandestinas, como atos de sabotagem e falsificação, assalto a bancos, roubo de carros e bilheterias, sequestro de empresários e invasão de rádios e festas de militares.
[SAIBAMAIS]
O disfarce, por meio de condinomes, era obrigatório. A cada novo nome falso, toda uma história nova de vida afastava o personagem central da narrativa da sua própria personalidade. Quando veio a anistia, veio o sentimento de vazio apontando para uma perda de referências da vida cotidiana.
O livro, de uma maneira geral, trata da guerrilha no Brasil e da importância da ideologia. ;Vivemos uma desideologização e isso é ruim para qualquer governo;, comenta o autor, que promete apresentar também, no livro, várias informações inéditas sobre a luta armada, inclusive em Brasília.
Codinome
Beija-flor foi o apelido escolhido pelo autor para o personagem central da história, fazendo referência a um dos cangaceiros de Lampião, de mesmo condinome. ;Tive essa ideia por ele (o personagem) ser daquela região do polígono da seca e por haver hoje a ideia de que Lampião era sim um revolucionário;, complementa Aylê-Salassié.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.