Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Artistas brasilienses investem no samba e em novos projetos autorais

Com trabalhos singulares artistas da cidade inovam no estilo musical

O samba é um gênero tradicional da Bahia e do Rio de Janeiro, no entanto, há um bom tempo ele tem seu espaço na capital federal. Artistas da cidade mantêm o ritmo vivo e dão um pouco do jeito brasiliense para o estilo musical, com rodas de samba e trabalhos cheios de peculiaridade e suíngue.

Da nova geração, destaque para o grupo Filhos de Dona Maria, que apresenta o primeiro trabalho; Breno Alves, vocalista do Adora Roda, sairá em carreira solo; assim como Leo (ex-Leo Goulart do Salve Jorge). Já da velha guarda destacam-se os integrantes do projeto Poetas do Samba, que revisita os sambas antigos. Conheça a seguir um pouco sobre cada um desses artistas.

Filhos de Dona Maria
O grupo brasiliense de samba nasceu em 2011, quando os amigos Khalil Santarém (voz e cavaquinho), Amílcar Paré (voz e violão), Artur Senna (voz e percussão) e Vinícius de Oliveira (voz e percussão) uniram a vontade de tocar com o fato em comum de frequentarem o mesmo terreiro de candomblé no Entorno do Distrito Federal. ;A banda surgiu lá dentro, todo mundo era músico profissional. Mas estreitamos os laços pela religião;, conta o vocalista Khalil Santarém.

Breno Alves
Das batucadas em bacias com os amigos de infância, Breno Alves tirou ritmo para se tornar um dos maiores destaques do samba brasiliense. Ganhador do prêmio Novos Bambas do Velho Samba em 2014, em plena Lapa, no Rio de Janeiro, o músico começou a tocar ainda cedo, aos 9 anos, e aos poucos foi aprimorando os toques
e composições. ;Iniciei minha vida musical ainda pequeno, gostava muito de pagode, e, inspirado no ritmo, passei a batucar com meus amigos. Nossos pais viram que tínhamos jeito, compraram uns instrumentos e começamos a ensaiar de verdade;, lembra Breno.

Leo
Conhecido na cidade por fazer shows em tributo a Jorge Ben Jor, com o projeto Salve Jorge, o músico e compositor Leo decidiu dar voz às próprias canções. Escritor e amante da música desde a adolescência, o artista sempre admirou as vertentes do rock e do soul, mas com o toque brasileiro, passou a criar arranjos diferenciados, que podem ser conferidos no álbum recém-lançado RockSambaDiscoClub.

Ana Reis
Há 10 anos, Ana Reis entrou no mundo da música por influencia de um amigo, que a apresentou às riquezas do ritmo. ;Comecei a tocar profissionalmente por conta do samba. Um grande amigo meu gravava discos pra mim. Já que ele gostava muito do estilo e eu estava começando a estudar a música, sempre me mostrava novidades;, acrescenta a cantora. A paixão pelo ritmo do gingado brasileiro tomou conta das faixas do primeiro álbum da cantora, Fizera eu, lançado em 2011, que abriu portas para Ana fazer parte do circuito musical da cidade.

Poetas do samba
Criado neste ano, o projeto Poetas do Samba, que é realizado sempre no clube ASSTJ (Setor de Clubes Sul), tem como objetivo valorizar os sambistas da cidade da velha geração, além do repertório de canções clássicas do gênero.
Desde o início de 2015, já foram realizadas três edições, a quarta está prevista para o próximo dia 7, além de outra em 5 de dezembro, com presença de nomes como Carlos Elias. ;A gente faz um resgate do que as pessoas estão deixando para trás. Na verdade, estamos relembrando os poetas esquecidos;, comenta Paulo Galvão.

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