Em tempos em que serviços de streaming e download de material audiovisual ganham cada vez mais adeptos, formatos com perfume vintage, como as fitas VHS, dão os últimos suspiros. Sucesso na década de 1980, as fitas VHS tornam-se cada vez mais obsoletas. Isso não as impede de continuar na ativa, ainda que em um mercado restrito a colecionadores. Elas já não fazem parte da memória da geração Z ; os nascidos entre os anos 1990 e 2000. O hábito de frequentar a uma locadora parece cada vez mais distantes.
Na universidade de Yale, nos EUA, as fitas entraram no acervo da biblioteca e passaram a ser tratadas, com todo o respeito que lhes é devido, como objetos que pertencem ao passado, juntando-se a outros colegas com cheiro de naftalina, como o mimeógrafo. Essa foi a primeira vez que elas foram oficialmente classificadas como artefatos culturais.
O começo do fim?
Aberta em 1993, a Loc Vídeo é a locadora mais antiga em funcionamento na capital. Quando começou as atividades, havia pelo menos 10 concorrentes. Lançamentos disputavam espaço com clássicos raros. Em 2004, o proprietário Fernando Paganini Destro abriu uma segunda unidade, em Águas Claras, mas a loja da Asa Sul, pelo tempo de funcionamento, carrega certo ar de nostalgia.
A notícia do fechamento da Loc Vídeo da Asa Sul no próximo dia 30 deixa a dúvida sobre o futuro das fitas VHS na cidade. ;O negócio não era mais viável nem lucrativo. Já estava saturado e me desapegando. Uma pena, porque foi o melhor trabalho que já tive;, conta Fernando, com certo pesar. ;O mercado das fitas VHS tem prazo de validade. Não dá para viver exclusivamente de venda e locação;, lamenta o empresário, que agora também tem uma loja de construção e artigos domésticos. Quem estiver interessado no acervo da Loc Vídeo pode fazer locações até o dia 20. Depois disso, os vendedores estarão abertos a negociações para passarem as fitas para frente. Boa hora para pechinchar!
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