;Mais de um terço das pessoas que vieram para em Brasília eram pobres e precisavam de garra para sobreviver, por isso usavam a cultura como forma de sobrevivência;, comenta Paviani. As manifestações culturais serviam como fuga para os candangos, que utilizavam a cultura trazida de casa com o objetivo de amenizar a rotina pesada e desgastante do dia a dia. ;Seu Teodoro de Sobradinho e funcionário da UnB), por exemplo, mantinha o bumba-meu-boi com uma garra enorme, a força dele era o folclore do Maranhão;, lembra o professor. ;Brasília é um conjunto de manifestações culturais que não se apagam. Vemos que, cada vez mais, elas se repercutem pela transmissão de pai para filho;, completa o pesquisador.
Além de Seu Teodoro, outros artistas, como Chico Simões, mestre do Mamulengo Presepada, e o repentista Chico de Assis, representam as singularidades que Brasília acolheu no coração do país. Ao redor do Plano Piloto, grupos brincantes mantêm e recriam as tradições populares com sotaque candango.
Boi de Sobradinho
Com o soar dos pandeiros, matracas e maracás ferventes no pulsar, o maranhense Teodoro Freire fixou na capital, e deixou de legado para os filhos, o festejo do Bumba-meu-boi. Heranças africanas, indígenas e européias marcam a tradição, que se espalhou de norte a sul do país adquirindo diferentes características.
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