Em 1971, Paulinho da Viola produziu Passado de glória, o LP que deu origem à Velha Guarda da Portela. O título do disco é o mesmo do samba composto por Monarco, um dos fundadores do grupo. ;Eu era o caçula entre aqueles sambistas e juntamente com Casquinha somos os únicos remanescentes da formação original;, conta o mestre portelense.
O jovial Monarco, autor de alguns clássicos da música popular brasileira, tem recebido várias homenagens desde 2013, quando completou 80 anos. ;Estou muito feliz por receber a atenção do Adora Roda, que me incluiu entre os veteranos sambistas que vêm sendo reverenciados pelo Flores em vida, projeto bem pertinente, que faz referência à obra-prima de Nelson Cavaquinho;, diz, em tom de agradecimento. O show vai ser nesta segunda-feira (21/9), às 20h, no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil.
Mestre Monarco lembra que se tornou amigo de Breno Alves, um dos idealizadores do Flores em vida, no começo da década passada, quando participou do Gente do Samba, no Feitiço Mineiro. ;Naquela época, o Breno era ainda bem novinho, tocava pandeiro e cantava no grupo que acompanhava os participantes do projeto. Como vi nele um futuro brilhante na música, o tomei como afilhado e o presenteei com o meu chapéu;, conta.
Um outro local em Brasília que se tornou marcante para o líder da Velha Guarda da Portela foi a Aruc. ;Na primeira vez que estive naquela escola de samba, afilhada da Portela, estava ao lado de Manacea, Alvaiade, Chico Santana, Mijinha, Casquinha, componentes da Velha Guarda. Fomos recebidos pela diretora da agremiação, que nos ofereceu uma feijoada. Depois, voltamos ali mais umas duas vezes;, recorda-se.
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